terça-feira, 22 de julho de 2014

O IMPÉRIO DE ALEXANDRE, O GRANDE

Localizada ao norte da Grécia, a Macedônia era governada pelo rei Filipe II desde 356 a.C. Do ponto de vista econômico e cultural, o reino não tinha os mesmos recursos de suas vizinhas, as cidades gregas. Mas Filipe percebia o enfraquecimento dos gregos e nutria ambições expansionistas.
Assim, depois de organizar um poderoso exército, Filipe planejou a conquista dos territórios da Grécia. Começou lentamente a intervir nos assuntos internos das cidades gregas. Quando Atenas e Tebas tentaram reagir contra a ação dos macedônios, foram derrotadas em 338 a.C., na batalha de Queroneia.
Garantida a hegemonia sobre a Grécia, Filipe II decidiu declarar guerra ao Império Persa, que estava enfraquecido por revoltas internas. Para isso formou com as cidades gregas a Liga de Corinto, mas foi assassinado em 336 a.C., antes de efetuar qualquer ataque. Seu plano seria executado pelo filho e sucessor, Alexandre, então com 20 anos de idade.
A partir de 334 a.C., Alexandre ocupou a Ásia Menor e, sucessivamente, derrotou os persas, invadiu a Fenícia, dominou o Egito. Por fim, esmagou novamente o exército persa em 331 a.C., na batalha de Arbelas. Proclamou-se, então, sucessor de Dario III e lançou seu exército numa temerosa aventura: a conquista da Índia.
Depois dessa campanha, retornou à Babilônia, onde morreu supostamente de malária em 323 a.C. Escrevo supostamente, pois, na verdade, existem controvérsias sobre as reais causas de sua morte. Tinha 33 anos de idade e havia construído um império que se estendia da Macedônia até o Egito e do Egito até o rio Indo (veja o mapa abaixo).
A morte de Alexandre desencadeou uma grave crise no Império. A inexistência de um sucessor provocou uma disputa entre seus generais pelo controle do poder. Após cerca de quarenta anos de combates, intrigas e assassinatos, formaram-se três reinos: o da Macedônia (incluindo a Grécia antiga), o do Egito e o da Ásia. Por ser muito grande e reunir culturas diversas, o reino da Ásia acabou se dividindo posteriormente.
Esses reinos foram chamados reinos helenísticos. Aos poucos, cada um deles foi conquistado pelos romanos no decorrer dos séculos II e I a.C.

Máxima extensão do Império de Alexandre.


O helenismo
Alexandre Magno ou Alexandre, o Grande, como também é conhecido, conquistou um vasto território em poucos anos. Mas seus objetivos não eram estritamente militares. Revelavam a intenção de integrar diversas culturas num único império.
Suas conquistas ampliaram o intercâmbio cultural e econômico entre os vários povos da Antiguidade e, sobretudo, estimularam a integração entre as culturas grega, egípcia e persa, sob a hegemonia da cultura grega. A partir dessa integração, denominada helenismo, desenvolveram-se novas expressões culturais, econômicas e políticas nas regiões conquistadas.
Alexandre trouxe prosperidade econômica ao seu império ao recuperar canais de irrigação, efetuar melhorias nos portos, estimular o comércio e o artesanato. Fundou também muitas cidades, que acabaram por se destacar como centros culturais.
As conquistas de Alexandre tiveram várias consequências, entre as quais:
·        O deslocamento para o Oriente do centro econômico e po­lítico do mundo antigo, situado até então na Grécia.
·        A fundação e o crescimento de muitas cidades, como Alexandria, Pérgamo e Antioquia, que se tornaram grandes centros comerciais e de produção artesanal.
·        A colocação em circulação dos enormes tesouros dos reis persas, provocando a diminuição do valor dos metais preciosos e, como consequência, a elevação nos preços das mercadorias.
·        O desenvolvimento de muitas áreas do conhecimento, principalmente da matemática.


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