terça-feira, 22 de julho de 2014


EUROPA, DA UNIDADE ROMANA À PLURALIDADE GERMÂNICA

Os gregos foram os primeiros a empregar a palavra bárbaros para denominar os povos diferentes, situados fora de sua cultura. Mais tarde, já bastante influenciados pela cultura grega, os romanos também passaram a chamar de bárbaros os povos que não pertenciam à cultura greco-romana. A denominação se aplicava principalmente aos germanos, hunos e celtas.
Os germanos eram povos indo-europeus – o que significa que falavam uma língua aparentada com o latim e o grego. Ao longo de vários séculos, deixaram suas terras de origem, na região do Báltico, e migraram para o sul, fixando-se na Europa central, nas imediações do Império Romano.
Por vários séculos, a paz e a guerra marcaram as relações entre romanos e germanos. Mas houve um momento em que o equilíbrio se rompeu em favor dos germanos. Eles ocuparam o lado ocidental do Império Romano e nele fundaram seus Estados.

O nascimento da Europa medieval
A queda do Império Romano do Ocidente ocorreu menos pela força dos invasores do que pelo enfraquecimento das forças romanas, provocado por uma crise que já durava mais de dois séculos. Essa crise levou ao declínio do trabalho escravo, das cidades, da economia mercantil e monetária, e também ao colapso da proteção que o Estado romano devia oferecer à população.
A chegada dos germanos acentuou essas tendências e ainda acrescentou novos elementos à rea­lidade europeia. Entre estes estava, por exemplo, a ideia de obrigações recíprocas entre o chefe e seus guerreiros.
Nesse universo em transformação, um papel especial coube à Igreja Católica, praticamente a única entidade que conseguiu sobreviver intacta. Ela preservou um importante aspecto da cultura romana, a língua latina, que os germanos aprenderam a falar. E conseguiu, em meio a muitas dificuldades, converter os germanos à versão oficial do cristianismo.
Em síntese, as tendências da sociedade romana, somadas às instituições trazidas pelos germanos e ao papel desempenhado pela Igreja, lançaram as bases de uma nova sociedade que se formou na Europa da Idade Média – a sociedade feudal

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