A DERROTA DO NAZI-FASCISMO
Em 1942, o avanço dos países do Eixo começou a ser detido pelo
esforço conjunto dos Aliados. Em junho, os japoneses foram derrotados pelos
norte-americanos no Havaí (Batalha de Midway). No final do ano, forças inglesas
e norte-americanas expulsaram o Exército alemão do norte da África. A essas
derrotas acrescentaram-se o desastre alemão em Stalingrado e uma importante
vitória da Marinha norte-americana contra os japoneses na Batalha de
Guadalcanal, nas ilhas Salomão, em fevereiro de 1943.
1. Genocídio
Perseguidos sistematicamente desde a chegada de Hitler ao poder,
os judeus estiveram entre as principais vítimas do terror nazista. Contra eles,
o governo alemão criou, em 1935, uma legislação especial que os excluía dos
direitos de cidadania outorgados pela Constituição de Weimar a todos os
alemães.
A partir de então, o terror anti-semita assumiu formas cada vez
mais assustadoras, com a criação de campos de extermínio na Alemanha e em zonas
ocupadas pelo Exército alemão, sobretudo na Polônia. Esses campos faziam parte
de um plano denominado pelos nazistas de Solução Final do "problema"
judeu, e neles foram massacrados 6 milhões de pessoas.
Entre
julho e agosto de 1943, forças inglesas e norte-americanas ocuparam a Sicília,
no sul da Itália, enquanto o Exército Vermelho (soviético) dava início a sua
marcha em direção à Alemanha. Em junho de 1944, os Aliados ocuparam Roma. No
ano seguinte, um grupo de guerrilheiros, organizados na Resistência
Antifascista, capturou e fuzilou Mussolini.
No dia 6 de junho de 1944 (dia D), forças da Inglaterra e dos EUA,
comandadas pelo general norte-americano Dwight Eisenhower, com um total de 3
milhões de homens, desembarcaram na região da Normandia, no norte da França. Em
25 de agosto, os Aliados entraram em Paris. O colapso final da Alemanha era
agora uma questão de tempo. Em 30 de abril de 1945, Hitler e Eva Braun, sua
mulher, se suicidaram em Berlim. Dois dias depois, o Exército Vermelho ocupou a
capital alemã. Finalmente, nos dias 7 e 8 de maio, oficiais do alto-comando do Exército
alemão assinaram a rendição. Assim terminou a guerra na Europa.
Na Ásia, porém, o Japão continuava resistindo. No dia 6 de agosto
de 1945, quando o país já dava sinais de esgotamento com a guerra, os EUA
lançaram, desnecessariamente, uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima,
matando, em questão de segundos, 80 mil pessoas. Tratava-se, na verdade, de uma
demonstração de força dos norte-americanos, sobretudo para a URSS. Mas, mesmo
com o ataque, o Japão não se rendeu. Três dias depois, uma segunda bomba
atômica reduziu a cinzas a cidade de Nagasaki, causando a morte de mais de 40
mil pessoas. Depois do episódio, os japoneses finalmente assinaram a rendição.
Grupo
de soldados norte-americanos toma o tradicional "chá das cinco", à
maneira inglesa, em uma cidade europeia recém-libertada do pesadelo nazista
(1945). A partir da Segunda Guerra Mundial, seria cada vez maior a influência
norte-americana na vida dos países europeus e em todo o mundo.
2. A divisão do mundo
A partir de 1942, a Inglaterra e os EUA, de um lado, e a URSS, de
outro - os chamados Três Grandes -, deixaram suas divergências ideológicas
momentaneamente de lado e passaram a colaborar entre si para combater o inimigo
comum, o nazi-fascismo. Foi assim que os dois países capitalistas ofereceram
significativa ajuda aos soviéticos para enfrentar a invasão alemã.
Em dezembro de 1943, quando já se podia prever o desfecho do
conflito, realizou-se a Conferência
de Teerã, reunindo o primeiro-ministro da Inglaterra, Winston Churchil, o
presidente norte-americano Franklin Roosevelt e o secretário-geral do Partido
Comunista soviético, Josef Stalin. No encontro, os líderes tomaram decisões
importantes em relação ao mapa da Europa após a guerra, como a divisão da
Alemanha em várias áreas de ocupação e a anexação dos países bálticos à URSS.
Com a proximidade do fim do conflito, os Três Grandes voltaram a se reunir na Conferência de Ialta (fevereiro de 1945). Na ocasião,
reafirmaram o futuro desmembramento da Alemanha (veja na foto).
Winston Churchil, Franklin
Roosevelt e Josef Stalin, na reunião de Ialta, cidade da Crimeia.
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Entre julho e agosto de 1945, finalmente, quando a guerra já havia
terminado na Europa, realizou-se a Conferência de Potsdam, com a participação
de Stalin, Harry Truman (que havia sucedido Roosevelt na presidência dos EUA) e
Churchil.
A Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação, distribuídas
entre a Inglaterra, a França , a URSS e os EUA. Da mesma forma, a capital
alemã, Berlim, localizada na zona de ocupação soviética (futura Alemanha
Oriental), também seria dividida em áreas de administração francesa, inglesa,
norte-americana e soviética. Quanto ao Japão, decidiu-se que seu território
ficaria sob ocupação norte-americana por tempo indeterminado.
A Segunda Guerra Mundial teve um saldo de 50 milhões de mortos e
mudou a face do mundo. No final do conflito, a economia européia estava
arrasada. Os grandes vencedores foram os EUA e a URSS, que passaram a ser as
duas maiores potências mundiais. Esses países dividiram o mundo em dois blocos
antagônicos: um socialista, liderado pela URSS, e o outro capitalista, sob a
influência dos EUA. Com a divisão, teve início um conflito bipolar entre as
duas potências que passaria à história com o nome de guerra fria.
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