sexta-feira, 25 de julho de 2014

O IMPÉRIO BIZANTINO

Constantinopla: um grande centro comercial

Quando, a partir de meados do século VII, os árabes ocuparam a Palestina, a Síria, o Egito e todo o norte da África, Constantinopla viu crescer sua importância no seio da Cristandade, como centro econômico, político e religioso no Mediterrâneo oriental.


Tendo incrementado a construção naval e desenvolvido uma importante indústria de armamentos e artigos de luxo (como sedas e marfins), a cidade canalizava seus excedentes tanto para os portos mediterrâneos como para os mercados asiáticos.
Também os navios das nascentes repúblicas italianas (sobretudo Gênova e Veneza) e das cidades bizantinas do sul da península Itálica demandavam Constantinopla em busca desses mesmos produtos e das rotas que lhes dariam acesso às mercadorias do Extremo Oriente.
Trebizonda, localizada às margens do mar Negro, era a cidade bizantina que se abria para o comércio asiático, enquanto Quersoneia, na Crimeia, recebia as matérias-primas vindas do Báltico em caravanas que atravessavam as planícies russas. Esta última corrente comercial era alimentada por povos escandinavos, como os suecos, conhecidos nas margens do Dnieper por “russ” ou varângios. A sua influência se deveu o crescimento das cidades de Kiev e Novgorod, sobre as quais Cons­tantinopla veio a estender sua presença espiritual.

Espinosa, Fernanda. Antologia de textos medievais. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1972. p. 52.

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