O IMPÉRIO BIZANTINO
Constantinopla: um grande centro comercial
Quando, a partir de meados do século VII, os árabes
ocuparam a Palestina, a Síria, o Egito e todo o norte da África, Constantinopla
viu crescer sua importância no seio da Cristandade, como centro econômico,
político e religioso no Mediterrâneo oriental.
Tendo incrementado a construção naval e desenvolvido
uma importante indústria de armamentos e artigos de luxo (como sedas e
marfins), a cidade canalizava seus excedentes tanto para os portos
mediterrâneos como para os mercados asiáticos.
Também os navios das nascentes repúblicas italianas
(sobretudo Gênova e Veneza) e das cidades bizantinas do sul da península
Itálica demandavam Constantinopla em busca desses mesmos produtos e das rotas
que lhes dariam acesso às mercadorias do Extremo Oriente.
Trebizonda,
localizada às margens do mar Negro, era a cidade bizantina que se abria para o
comércio asiático, enquanto Quersoneia, na Crimeia, recebia as matérias-primas
vindas do Báltico em caravanas que atravessavam as planícies russas. Esta
última corrente comercial era alimentada por povos escandinavos, como os
suecos, conhecidos nas margens do Dnieper por “russ” ou varângios. A sua
influência se deveu o crescimento das cidades de
Kiev e Novgorod, sobre as quais Constantinopla
veio a estender sua presença espiritual.
Espinosa,
Fernanda. Antologia
de textos medievais. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1972. p.
52.
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