sexta-feira, 22 de agosto de 2014

POEMA  DA  FELICIDADE


Numa manhã qualquer, sentei me na praia
E, ao lado, os quero-queros me olhavam, vigilantes.
Fiquei a observar as ondas do mar 
E, no céu, as nuvens brancas, errantes.

Senti no rosto a brisa suave, refrescante. 
No alto, o azul que tingia a imensidão. 
E, lá longe, se encontrava com o mar, 
E os dois uniam-se como amantes.

Deixei-me ficar alegremente.
Distraído, enchi as mãos com a areia,
Branca e fina, e, por entre os dedos,
Deixei que ela escorresse livremente,

Sentia o calor do sol queimar, levemente,
E estar ali naquele momento,
Fez-me tão contente,
Que orei em agradecimento.

De repente, naquela hora,
Uma ideia passou-me pela mente.
Trazida pelo vento, veio-me a pergunta:
- Pode a felicidade ser permanente?

Claro que não!, pensei: ela é feita de breves instantes.
Viver uma felicidade permanente ninguém vai,
Porque, assim como da mão escorre a areia,
De dentro de nós, a felicidade também se esvai.
(DGF)

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