D. PEDRO I JURA RESPEITAR A CONSTITUIÇÃO
Desde que ela seja de seu agrado
Em 1823, na abertura dos trabalhos da
Assembleia Nacional Constituinte, que deveria elaborar a primeira Constituição do
Brasil, dom Pedro I fez
um discurso, chamado “Fala do Trono”, seguindo um modelo importado da França. O
pronunciamento causou alvoroço, pois em vez de jurar respeitar a Constituição,
ele condicionou esse respeito a uma avaliação prévia. Era um mau sinal...
Aqui vemos D. Pedro I com um exemplar da Constituição de 1824, que ele mandou escrever ao seu gosto e que ele mesmo publicou. |
Como
Imperador Constitucional e mui especialmente como Defensor Perpétuo deste
Império, disse ao povo no dia 1º de dezembro do ano próximo passado, em
que fui coroado e sagrado, que a minha espada defenderia a pátria, a nação e a
Constituição, se fosse digna do Brasil e de mim. Ratifico hoje mui solenemente
perante vós esta promessa e espero que me ajudeis a desempenhá-la, fazendo uma
Constituição sábia, justa, adequada e executável, ditada pela razão e não pelo
capricho, que tenha em vista somente a felicidade geral, que nunca pode ser
grande, sem que esta constituição tenha bases sólidas, bases que a sabedoria
dos séculos tenha mostrado que são as verdadeiras para darem uma justa
liberdade aos povos e toda força necessária ao poder executivo. Uma
Constituição em que os três poderes sejam bem divididos de forma que não possam
arrogar direitos, que lhe não competem, mas que sejam de tal modo organizados e
harmonizados, que se lhes torne impossível, ainda pelo decurso do tempo,
fazerem-se inimigos, e cada vez mais concorram de mãos dadas para a felicidade
geral do Estado [...]
Castro, Therezinha de. História documental do Brasil.
Rio de Janeiro:
Biblioteca do
Exército, 1995.
É, parece que nada mudou!
ResponderExcluirNo Brasil de hoje, toda reforma é bem vinda, desde que não desagrade aos poucos "donos do país"!