A GUERRA DOS TRINTA ANOS
Religião e política como causas de conflitos muito violentos
No início do século XVII, Espanha, França, Inglaterra e
Holanda disputavam entre si a hegemonia da Europa e dos mares ocidentais. Suas
forças militares se equivaliam. A Inglaterra e a Holanda eram fortes no mar. A
França detinha o maior exército. A Espanha, senhora também de Portugal graças à
União Ibérica, dominava o maior império colonial. Na parte oriental da Europa,
o poderoso Império Turco já controlava a Grécia e toda a península Balcânica e
ameaçava atacar Viena, capital da Áustria e sede do Sacro Império
Romano-Germânico. O equilíbrio entre todas essas potências era precário e a
ameaça de guerra estava no ar.
Foi então que ocorreu a longa Guerra dos Trinta Anos,
que começou em 1618, que teve vários embates sucessivos, à medida que novos
atores entravam em cena. O elemento por trás dos conflitos foram as disputas religiosas decorrentes das reformas protestantes do século XVI. Entre s causas dessa guerra também encontramos a luta pela afirmação do poder de monarquias europeias, envolvendo disputas por territórios e pela supremacia política.
A gravura mostra a extrema violência dos conflitos nessa guerra, em que a população civil era a mais prejudicada. |
Por essa época, a dinastia Habsburgo procurava impor o
absolutismo e a religião católica a seus súditos do Sacro ImpérioRomano-Germânico, formado por cerca de trezentos pequenos principados
autônomos. Revoltados com a imposição, os príncipes protestantes, organizados
na Liga Evangélica, entraram em choque com as forças do governo, sofrendo
fragorosa derrota em 1620.
Nesse momento, as protestantes Inglaterra e Holanda, junto à
França, católica, preocupadas com o fortalecimento dos Habsburgos, intervieram
no conflito, apoiando o rei da Dinamarca, que disputava territórios com o Sacro
Império. Em 1629, as forças do Sacro Império derrotaram as da Dinamarca. Em
seguida, a Suécia entrou no conflito contando com o apoio da França, mas foi
igualmente vencida em 1632.
Com a derrota dos suecos, a França aliou-se à Holanda,
declarou guerra à Espanha e invadiu o Sacro Império. Em 1648, o exército
francês sitiou Viena, capital da Áustria e sede dos Habsburgo. A paz foi selada
pelo Tratado de Westfália, que concedeu à França os territórios da
Alsácia e da Lorena, antes pertencentes ao Sacro Império. O acordo obrigou
ainda a Espanha a reconhecer a independência da Holanda.
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