O TERRÍVEL DIA A DIA NAS TRINCHEIRAS
Piolhos, ratos e bombas
De
novembro de 1914 até março de 1918, a guerra entrou em um impasse, permanecendo
os dois lados entrincheirados, com tentativas eventuais de ataque ao inimigo. O
historiador Luís Felipe da Silva Neves descreve aspectos da vida infernal nas
trincheiras.
Sono, cigarros, comida, bebida e
mulheres: estas eram, pela ordem, as prioridades dos soldados nas trincheiras.
Para isso havia os “estaminets” – mistura de bar, restaurante e bordel.
A vida nas trincheiras, no entanto, era realmente infernal. Dormia-se, ou
melhor, tentava-se dormir de dia, pois qualquer movimento acima do topo dos
abrigos podia representar morte repentina pelos franco-atiradores. Os ratos, do
tamanho de gatos – pois para eles não faltava carne
humana fresca –, atazanavam a vida dos soldados. Outra praga eram os piolhos.
Dizia-se que, ao chegar de uma estação sanitária de eliminação de piolhos,
bastava alguém se deitar no terreno para ficar infectado novamente.
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A vida terrível nas trincheiras. |
Quanto às armas mais usadas, elas eram o
canhão, responsável por 68% do total de baixas, a metralhadora e o instrumento
básico do soldado, o fuzil de repetição. O gás, apresentado por muitos autores
como uma arma terrível, mortal, foi responsável somente por cerca de 3% das
baixas, a maioria passível de tratamento, como foi o caso do próprio Adolf Hitler (1889-1945).
Neves, Luiz Felipe da Silva. A guerra
total. Revista
de História da Biblioteca Nacional.
Rio de
Janeiro, n. 37, out. 2008, p. 20.
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