quinta-feira, 9 de setembro de 2021

 MARIA ANTONIETA, rainha da França

Seu nome de batismo era Maria Antônia. Era arquiduquesa e filha dos imperadores do grande Império Austríaco. E foi usada por sua mãe (quando já viúva) como moeda para expandir ou construir novas alianças para o império. A jovem princesa deu o grande azar de ser oferecida em casamento a Luís Augusto, Delfim de França e futuro rei Luís XVI.
Em abril de 1770, foi celebrado o casamento por procuração. A partir desse momento Antônia foi oficialmente chamada de "Marie Antoniette, Dauphine de France". Para nós, ficou sendo Maria Antonieta.
Em 21 de abril de 1770, seguida por um suntuoso cortejo de cinquenta e sete carruagens, Maria Antonieta despediu-se de sua família e deixou Viena para nunca mais voltar.
No mês seguinte, ela já estava na França e o casamento oficial foi celebrado com grande pompa numa cerimônia solene no Salão dos Espelhos, no palácio de Versalhes.
Quatro anos depois, como resultado da morte de seu avô, Luís XV, o Delfim foi coroado rei; Maria Antonieta se tornou, então, rainha da França. Tinha apenas 18 anos.
Naquele tempo, as princesas eram educadas para um dia se tornarem rainhas. Apesar disso, Maria Antonieta, além de muito jovem, não estava preparada para lidar com a Corte de Versalhes. Eram centenas de pessoas, talvez milhares, com regras próprias de convívio e intrigas de todo tipo. Pode-se dizer que a Corte formava um "Estado dentro do Estado".
A vida de Maria Antonieta não era nada fácil. Por ser da Áustria, um inimigo histórico da França, ela nunca foi bem aceita pela Corte. Mesmo o marido se mantinha distante. A história registra que ela permaneceu virgem por sete anos! Foi somente em 1778, que ela deu à luz uma filha, e ainda demorou outros três anos para ela ter um filho homem, o tão desejado sucessor ao trono. (Ela e Luís XVI tiveram quatro filhos, dos quais apenas a primogênita chegou à idade adulta.)
Durante todo o tempo, não paravam de circular boatos que prejudicavam sua imagem junto ao povo: acusavam-na de gostar de luxo, de promover festas, de gastar rios de dinheiro no jogo, de ter amantes e até de coisas piores. Ela poderia ter sobrevivido a isso se a situação financeira do reino fosse boa. Mas não: depois de 1778, a economia só fez piorar. Começaram a ocorrer motins por todo o país. Certa dia, os manifestantes foram até Versalhes reclamar que não tinham pão. A rainha teria então dito a frase que se tornou famosa: "Se não tem pão, que comam brioches!" A frase pode não ser verdadeira, mas refletia uma situação real, ou seja, a de que o governo estava distante do povo.
Como resultado da crise, em 1789, teve início a grande Revolução Francesa. A violência se espalhou pelo país. O povo cansado de séculos de exploração atacava os castelos e matava os odiados nobres. Muitos fugiram da França por temerem pela vida.
Em 1791, o próprio Luís XVI, disfarçado de criado, tentou fugir do país, levando a família. Porém, a poucos quilômetros da fronteira, foi reconhecido e preso, e levado de volta. O rei e a família foram mantidos em prisão domiciliar em Paris. Luís XVI foi acusado de traição e condenado à morte. Foi guilhotinado, em 21 de janeiro de 1793.
Maria Antonieta continuou presa, aguardando o julgamento. Foi acusada de conspiração, assassinato, falsificação de assinaturas e revelação de segredos aos inimigos da França. Defendeu-se com vigor. O julgamento, entretanto, era apenas uma farsa, pois o resultado já estava definido desde o início. Na manhã de 16 de outubro de 1793, uma quarta-feira, foi levada para a execução, para a alegria do povo reunido na Praça da Revolução (hoje, Praça da Concórdia). Sem vacilar, subiu serenamente os degraus do cadafalso. Era mais ou menos meio-dia quando a lâmina caiu sobre seu pescoço. Tinha 38 anos.

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