quinta-feira, 9 de setembro de 2021

 ALBERT SCHWEITZER

Existiram (e ainda existem) pessoas extraordinárias. Não temos como não deixar de admirá-las. E por mais que a gente elogie, ainda é pouco. Vou dedicar essa postagem a uma pessoa que se encaixa nessa categoria. Confira.
Trata-se de Albert Schweitzer, que dedicou seus talentos e a própria vida à ação humanitária. Nascido em 1875, em território da Alemanha, hoje pertencente à França; ele próprio se considerava francês. Diplomou-se simultaneamente em Teologia e Filosofia, e tornou-se professor da própria universidade em que estudara. Paralelamente, dedicava-se à música erudita, destacando-se como organista e exímio intérprete de Bach, e à religião, sendo pastor de igreja.
Não satisfeito com tudo isso, aos trinta anos, em 1905, começou a estudar medicina, motivado pela situação de penúria dos habitantes das colônias europeias na África, particularmente carentes de assistência médica.
Seis anos depois, já formado, partiu para Lambaréné, no Gabão, que era então uma colônia francesa. Pretendia trabalhar numa missão evangélica, que havia aberto um posto de saúde e necessitava de médicos.
Ali, deparou-se com absoluta falta de recursos, mas não desanimou – improvisou um consultório num antigo galinheiro! Apesar do clima, da falta de higiene, das dificuldades com o idioma dos nativos, da carência de remédios e de instrumentos de trabalho, ele continuou atendendo seus clientes, numa média de 40 por dia. E ainda sobrava tempo para ensinar o Evangelho para os habitantes locais!
Durante a Primeira Guerra Mundial, Albert Schweitzer e sua família foram levados para a França, como prisioneiros de guerra (França e Alemanha estavam em campos opostos), e foram mantidos em um campo de prisioneiros. Com o final da guerra, Schweitzer circulou por diversos países da Europa, realizando palestras e dando concertos, com o objetivo de angariar fundos para retomar sua obra na África. Tornou-se conhecido em muitos círculos intelectuais do continente europeu.
E após sete anos de permanência na Europa, em 1924, partiu novamente para Lambaréné. Dessa vez, levava consigo médicos e enfermeiras, uma das quais era sua própria esposa. Construíram um hospital. Contando, agora, com a colaboração de uma equipe de profissionais, Schweitzer pôde dedicar parte de seu tempo a escrever livros, fazer palestras e dar concertos, cuja renda servia para manter o hospital.
Em 1952, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, como homenagem a uma intensa vida inteiramente dedicada ao propósito de servir ao bem comum. Faleceu em Lambarené, no Gabão, aos 90 anos de idade.

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