quinta-feira, 9 de setembro de 2021

 CRISTIANISMO, PRIMEIROS TEMPOS

Por volta do ano 50, o cristianismo começou a ser divulgado em Roma, e de lá se disseminou por todas as regiões do Império Romano, e entre todos os grupos sociais,
Os pobres, os oprimidos e os escravos foram, em particular, atraídos pela vida e pelo exemplo de Jesus Cristo. A nova fé ensinava que o valor das pessoas não dependia de seu nascimento, talento ou posição social.
As autoridades romanas sempre haviam sido tolerantes com as religiões dos outros povos. Mas o cristianismo apresentava características que pareciam suspeitas e ameaçadoras para o Império. Os cristãos faziam reuniões secretas, desprezavam a hierarquia social, rompiam radicalmente com a tradicional religião romana, recusavam-se a prestar o serviço militar e negavam-se a cultuar os imperadores.
Isso inquietava os responsáveis pela manutenção do Estado e tradições de Roma. Com o imperador Nero, tiveram início as perseguições. Os cristãos passaram a ser detidos, queimados vivos ou usados para proporcionar diversão nas arenas dos anfiteatros, onde eram estraçalhados por animais ferozes. Segundo a tradição cristã, um dos primeiros martirizados foi o apóstolo Pedro, morto em Roma, possivelmente em 65 d.C.
A firmeza com que os seguidores de Cristo enfrentavam o sofrimento, porém, dava mais força aos que permaneciam fiéis, além de atrair novos seguidores.
A propagação do cristianismo se acentuou no século III, quando teve início o enfraquecimento do Estado romano, particularmente afetado pela crise do escravismo. As perseguições se encerraram quando o imperador Constantino assinou, em 313, o Edito de Milão, concedendo liberdade religiosa aos cristãos.
A IGREJA CATÓLICA
Ao mesmo tempo em que se difundia, a nova religião consolidava sua doutrina. Simultaneamente, estruturava-se como Igreja, palavra derivada do grego ekklesia, o mesmo que assembleia. Denominou-se também católica, que quer dizer universal. Como disse Santo Inácio de Antioquia, um dos primeiros bispos, que viveu entre 35 e 107 d.C. : "onde está Jesus Cristo está a Igreja Católica".
No princípio, havia muitas divergências sobre as "verdades" que norteariam a crença dos fiéis. Foi o próprio imperador Constantino quem tomou a iniciativa de convocar uma reunião (ou concílio) com os bispos da Igreja para definir seus preceitos. Essa reunião foi o Concílio de Nicéia, de 325, que definiu o Credo cristão. A partir desse momento, as opiniões divergentes dentro do cristianismo passaram a ser consideradas heresias, e foram duramente combatidas.
Finalmente, entre 380 e 392, o imperador Teodósio reconheceu a Igreja Católica como a igreja oficial do Império Romano. O culto aos antigos deuses romanos permaneceu mais tempo entre os camponeses, chamados "paganus", em latim; daí veio a palavra "pagão" para designar aqueles que ainda não haviam sido batizados.

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