segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

EGITO  ANTIGO


 1. A civilização das pirâmides
Até o quinto milênio antes da era cristã, o Saara era uma região úmida e coberta de vegetação. Mudanças climáticas ocorridas nessa época alteraram completamente a paisagem. Rios e lagos secaram. Muitas pessoas que moravam na região tiveram de buscar outros lugares para viver. Um dos destinos foi o vale do Rio Nilo.
Com a chegada dos novos moradores que fugiam da desertificação do Saara, a população do Vale do Nilo cresceu rapidamente. Nessa região se desenvolveu uma das mais extraordinárias e duradouras sociedades da Antiguidade.
Esculturas no Vale dos Reis, Egito

Ainda hoje o Egito antigo desperta admiração, interesse e curiosidade em historiadores, arqueólogos, caçadores de tesouros ou mesmo em pessoas comuns. Muitos são os que procuram saber mais a respeito da sociedade que construiu pirâmides colossais e desenvolveu inúmeros conhecimentos utilizados até o presente.

Mapa do Egito Antigo, no noroeste da África


2. Uma dádiva do Nilo
As cheias periódicas do Rio Nilo transformam o Egito em uma espécie de oásis em meio ao deserto do nordeste africano. Elas são provocadas por chuvas abundantes que caem na nascente do rio, no interior do continente, e chegam ao Egito depois de atravessar uma extensão de terra de mais de 5 mil quilômetros.
As cheias começam no final de junho e atingem seu volume máximo em setembro; em seguida, o rio começa a baixar, voltando ao seu leito em dezembro. Em meio a esse processo, as águas inundam uma grande extensão das margens e formam uma espécie de limo, o húmus, que torna as terras muito férteis.
Desde o Período Neolítico, os grupos humanos que viviam nessa região perceberam que poderiam tirar proveito disso. Aprenderam que, ao serem plantados logo após o recuo das águas, os vegetais cresciam rapidamente e podiam ser colhidos antes do início da nova enchente.
Ao longo de muitas gerações, os egípcios foram aprimorando um amplo sistema de irrigação. Construindo diques e canais, aprenderam a controlar e a aproveitar ao máximo as inundações para o desenvolvimento da agricultura.
A importância das águas do Nilo para a população que vivia em suas margens era tal que os egípcios consideravam o rio um de seus deuses. No século V a.C., o historiador grego Heródoto, refletindo sobre essa condição, chegou a afirmar que o Egito era uma “dádiva do Nilo”.
As cheias periódicas do Rio Nilo transformam o Egito em uma espécie de oásis em meio ao deserto do nordeste africano. Elas são provocadas por chuvas abundantes que caem na nascente do rio, no interior do continente, e chegam ao Egito depois de atravessar uma extensão de terra de mais de 5 mil quilômetros.
As cheias começam no final de junho e atingem seu volume máximo em setembro; em seguida, o rio começa a baixar, voltando ao seu leito em dezembro. Em meio a esse processo, as águas inundam uma grande extensão das margens e formam uma espécie de limo, o húmus, que torna as terras muito férteis.
Desde o Período Neolítico, os grupos humanos que viviam nessa região perceberam que poderiam tirar proveito disso. Aprenderam que, ao serem plantados logo após o recuo das águas, os vegetais cresciam rapidamente e podiam ser colhidos antes do início da nova enchente.
Ao longo de muitas gerações, os egípcios foram aprimorando um amplo sistema de irrigação. Construindo diques e canais, aprenderam a controlar e a aproveitar ao máximo as inundações para o desenvolvimento da agricultura.
A importância das águas do Nilo para a população que vivia em suas margens era tal que os egípcios consideravam o rio um de seus deuses. No século V a.C., o historiador grego Heródoto, refletindo sobre essa condição, chegou a afirmar que o Egito era uma “dádiva do Nilo”.

3. A escrita hieroglífica
Desde o quarto milênio a.C., os egípcios desenvolveram um complexo sistema de escrita, chamada hieroglífica. Os hieróglifos - palavra grega que significa caracteres sagrados - eram constituídos de pequenos desenhos com múltiplos significados. Em geral, esses desenhos eram gravados ou pintados nas paredes dos túmulos e dos templos.
Quando escritos sobre papiro – uma espécie de papel que os egípcios fabricavam a partir de uma planta de mesmo nome, que crescia em abundância no Vale do Nilo –, os hieróglifos tinham de ser abreviados, originando uma escrita simplificada à qual se deu o nome de hierática.
Por fim, os egípcios desenvolveram o demótico, que é uma forma mais popular de escrita, proveniente de uma simplificação da forma hierática.
Com a conquista do Egito antigo pelos exércitos de Alexandre Magno, e posteriormente pelos romanos, esses sistemas de escrita acabaram caindo no esquecimento. Nem mesmo os egípcios sabiam mais como usá-lo. Foi somente no século XIX que pesquisadores europeus se dedicaram ao estudo dos registros escritos do Egito antigo. E coube ao francês Jean-FrançoisChampollion (1790-1832), o mérito de revelar os significados dos hieróglifos. Também o inglês Thomas Young trabalhou na decifração dos hieróglifos, mas com menos sucesso.
Champollion era um estudioso de línguas antigas, que aos 16 anos já conhecia hebraico, árabe, persa, copta e várias outras línguas orientais. Ele tomou como base a Pedra de Roseta, uma lápide de basalto preto, encontrada no Delta do Nilo, em 1799. Essa pedra havia sido encontrada pelos franceses, mas ela lhes foi tomada pelos ingleses, e é por isso que se encontra no Museu Britânico, em Londres.

A Pedra de Roseta tem como medidas 1,14 m x 72 cm x 27 cm.
Museu Britânico, Londres. 
A Pedra de Roseta contém um único texto, datado de 196 a.C., escrito em três sistemas de notação: hieroglífico, demótico e grego. Partindo do grego, uma língua que já conhecia, Champollion conseguiu identificar as mesmas palavras nas outras duas escritas e, assim, pôde determinar o significado de cada uma das grafias.
Valendo-se dos conhecimentos obtidos com essa interpretação, outros estudiosos passaram a se dedicar ao estudo mais detalhado dos hieróglifos, bem como dos templos, dos túmulos, dos relevos e das pinturas. Dessa forma tornou-se possível ampliar o conhecimento sobre diversos aspectos da sociedade egípcia. Essas pesquisas deram origem à egiptologia, área do conhecimento que estuda o Egito antigo.

4. Dois mil anos de império
Por volta do quarto milênio a.C., existiam no Vale do Nilo pequenas comunidades conhecidas pela palavra grega nomos, cada uma delas chefiada por um líder, chamado nomarca. A fim de obter melhor aproveitamento das cheias do grande rio, essas comunidades se uniam para efetuar a construção de diques e canais de irrigação.
Com o tempo, os agrupamentos acabaram originando dois reinos distintos, correspondentes ao Alto e ao Baixo Egito.
O Alto Egito ficava ao sul e era formado pelo extenso vale ao longo das margens do Nilo. O Baixo Egito, ao norte, organizava-se em torno do delta formado pelo rio ao desaguar no Mar Mediterrâneo.
Por volta de 3200 a.C., Menés, soberano do Alto Egito, impôs a unificação dos dois reinos, tomando para si o título de faraó. A partir desse momento, pode-se dividir a história do Egito antigo em três longos períodos, nos quais os faraós conseguiram manter o poder:

·       Antigo Império (cerca de 3200-2000 a.C.) – Durante a maior parte desse período, o centro administrativo do Egito era a cidade de Mênfis, localizada no Delta do Nilo. Dessa cidade os pesquisadores não encontraram vestígios nem mesmo ruínas. Entre os faraós mais conhecidos dessa fase encontram-se Quéops, Quéfren e Miquerinos. Foram eles que mandaram construir, para servir-lhes de túmulos, as grandes pirâmides da Planície de Gizé (cerca de 2600 a.C.). A partir de 2350 a.C., as lutas entre os líderes dos nomos e a desorganização do poder central geraram crises que acabaram por enfraquecer a autoridade do faraó.

·         Médio Império (2000-1580 a.C.) O poder do faraó foi restaurado por governantes do Alto Egito. Dessa vez, o centro administrativo se estabeleceu em Tebas. Seguiu-se um longo período de relativa prosperidade que durou cerca de quatrocentos anos, até a invasão dos hicsos. Utilizando armas e recursos de guerra desconhecidos dos egípcios, esse povo, proveniente da Ásia ocidental, dominou e subjugou o Egito durante quase duzentos anos.
Nesse mesmo período, os hebreus também se instalaram na terra dos faraós. 

·      Novo Império (1580-1085 a.C.) – Período iniciado com a expulsão dos hicsos por soberanos do Alto Egito, que restabeleceram a autonomia na região e consolidaram a autoridade do faraó sobre todo o território. Destacaram-se os governos dos faraós Tutmés III e Ramsés II, que converteram o Egito, durante algum tempo, no estado mais poderoso do Crescente Fértil. O comércio se expandiu tanto por terra como por mar, tendo chegado até a ilha de Creta. Nessa época, foram construídos os templos de Luxor e Carnac.


Renascimento Saíta (663-525 a.C.)
A partir do século XII a.C., teve início um período de enfraquecimento do poder dos faraós, ocasionado por disputas internas. Desestabilizado o poder central, o Egito sofreu sucessivas invasões, culminando com a conquista do Império pelos assírios, em 671 a.C.
Passado um século e meio, príncipes de Saís, cidade localizada no Delta do Nilo, lideraram os egípcios na expulsão dos assírios e possibilitaram, mais uma vez, o fortalecimento da sociedade egípcia. A estabilidade durou pouco, entretanto. Um importante faraó desse período foi Necao, que tentou unir o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho por meio de um canal. Por sua ordem, ainda, navios egípcios, comandados por um capitão fenício, realizaram uma viagem de circum-navegação do continente africano. Em 525 a.C., os persas dominaram o Egito, que, a partir de então, não conseguiu mais recuperar sua autonomia.
Depois do domínio persa, o território seria sucessivamente conquistado pelos gregos e pelos romanos.

5. Sociedade no Egito Antigo
A sociedade egípcia era dividida em camadas sociais entre as quais havia profundas diferenças. Todo o poder estava centralizado nas mãos do faraó, considerado um deus. Chamamos essa forma de governo de teocracia. O faraó exercia as mais altas funções sociais era o grande sacerdote, o chefe dos exércitos e o juiz. Como soberano absoluto de todo o território, dominava os grupos sociais, organizando e administrando as atividades econômicas.
Os sacerdotes constituíam uma categoria poderosa e influente, em razão da importância da religião para os egípcios. Como guardiões dos templos, eles recebiam e administravam as oferendas feitas aos deuses pela população.
Os parentes do faraó e os altos funcionários formavam uma espécie de nobreza. Os últimos administravam, em nome do faraó, as quarenta e duas províncias (ou nomos) unificadas do Egito.
A administração complexa e centralizada exigia, contudo, enorme quantidade de funcionários, encarregados de cobrar impostos, fiscalizar obras e acompanhar trabalhos agrícolas em toda a extensão do Império. Por essa razão, os escribas, aqueles que aprendiam a lidar com números e a manejar a complicada escrita egípcia, exerciam uma função destacada na sociedade.
Após um longo treinamento ao lado dos sacerdotes, o escriba podia ascender socialmente e exercer altos cargos religiosos ou administrativos.
Uma parte da população era constituída por artesãos, que trabalhavam, geralmente, nos ofícios gerados pela construção de templos e túmulos. Eram, entre outros, tecelões, marceneiros, sapateiros, pedreiros, ferreiros, pintores, escultores, perfumistas, ourives.
A estratificação da sociedade do Egito antigo pode ser
ilustrada por uma pirâmide, com o faraó no topo
e os escravos na base


A maioria dos habitantes do Egito era composta por camponeses, que trabalhavam nas terras pertencentes ao faraó, aos templos e aos nobres. Eles deviam entregar ao senhor da terra parte de sua colheita ou dos animais que criavam. Além disso, deviam trabalhar na construção e manutenção dos canais e dos diques.
A escravização, que tivera pouca importância durante o Antigo Império, cresceu posteriormente, principalmente no Novo Império, como resultado das campanhas militares egípcias na Ásia e na África, mas não chegou a ter, entre os egípcios, a mesma importância que viria a ter em outras civilizações da Antiguidade, como Grécia e Roma. No Egito, as condições de vida dos escravos não eram muito diferentes das dos trabalhadores livres: podiam arrendar terras, casar com mulheres livres e ser libertados a qualquer momento, com apenas uma declaração do dono perante testemunhas.

Atividades econômicas
As atividades econômicas eram controladas pelo faraó, proprietário nominal da maioria das terras. Grande parte das atividades produtivas era organizada e administrada por ele, desde o planejamento e a construção de canais e diques para a irrigação das terras até o armazenamento e a distribuição da produção.
A principal atividade econômica era a agricultura. A produção agrícola, de modo geral, estava voltada para suprir as necessidades da população. Cabia aos funcionários do soberano guardar parte dessa produção para ser distribuída em períodos de escassez. A pecuária era uma atividade importante, embora restrita aos templos que possuíam grandes extensões de terra. Além disso, os egípcios dedicavam-se à construção de embarcações, à tecelagem do linho, à cerâmica e à metalurgia.

6. Uma religião de muitos deuses
A religiosidade constituiu, sem dúvida nenhuma, o traço mais marcante da sociedade egípcia. Como inúmeros povos da Antiguidade, os egípcios eram politeístas. De um modo geral, esses deuses correspondiam às forças naturais mais importantes no cotidiano egípcio. Não por acaso, os principais deuses eram Rá (o Sol) e Osíris (o Nilo). Animais como o boi, o crocodilo, o gato e o falcão eram considerados sagrados.
Deuses egípcios Hórus, Isis e Anúbis,
representados com corpo de e cabeça de animal 

Algumas divindades locais ganhavam expressão em todo o Egito, quando a cidade em que eram adoradas se tornava o centro administrativo. Foi o que aconteceu com Tebas, por exemplo, a partir do Médio Império. O deus local Amon foi identificado com Rá, dando origem ao culto a Amon-Rá.

A vida após a morte
Os egípcios admitiam que cada pessoa tinha um espírito, que sobreviveria enquanto o corpo não fosse destruído. A preservação deste era possível por meio da mumificação, uma complexa técnica de embalsamar os mortos.
A preocupação com os mortos levou os egípcios a construir túmulos duradouros. Entre eles, os mais grandiosos são as pirâmides, que guardavam, num compartimento secreto, a múmia dos faraós. Nas mastabas (construções simples, de formato trapezoide) e nos hipogeus (túmulos subterrâneos) ficavam sepultados nobres e sacerdotes ilustres.

A arte
A produção artística era predominantemente de inspiração religiosa. Foi para os deuses e para os mortos que os egípcios construíram seus maiores monumentos.
Expressada por meio da pintura, da escultura e da arquitetura, a grandiosidade da arte egípcia ainda hoje nos impressiona. A pirâmide de Quéops, por exemplo, com 146,6 metros de altura, constitui o mais colossal monumento do mundo antigo. Graças ao trabalho minucioso dos artesãos egípcios, os templos, as colunas e os túmulos tinham as paredes inteiramente decoradas com hieróglifos e desenhos pintados ou esculpidos.
Kéops, Kéfren e Mikerinos, as grandes pirâmides de Gizé, construídas
há mais de 4 mil anos, pelos faraós dos mesmos nomes.


7. Os saberes científicos
Os egípcios desenvolveram significativamente várias áreas do conhecimento. As áreas em que mais se destacaram foram a astronomia, a matemática e a medicina. A necessidade de prever as enchentes do Nilo e de executar obras para o aproveitamento das águas do rio levou-os à observação dos astros e à construção de fórmulas para medir superfícies. Utilizavam a soma, a subtração e a divisão.
A medicina egípcia também se desenvolveu muito. A prática da mumificação favoreceu o conhecimento do corpo humano. Os médicos egípcios sabiam, por exemplo, como funcionava o mecanismo da circulação do sangue e faziam diversos tipos de cirurgia. Também possuíam noções de medicamentos e desenvolveram inúmeras fórmulas para tratar diversas doenças, inclusive fratura de vértebras.
Além disso, criaram um calendário solar, em que o ano, de 365 dias, era dividido em doze meses de trinta dias cada, e ao qual acrescentavam cinco dias festivos.
Embora existam controvérsias sobre a origem da agricultura praticada na África subsaariana, não há dúvida de que, no terreno da política e da cultura, os antigos egípcios tiveram influência direta sobre diversos povos que viviam ao sul, no Vale do Nilo e em seus arredores.
Alguns desses povos viviam na antiga Núbia, região localizada no Vale do Nilo que hoje faz parte do Sudão. Era por ali que passavam os caminhos que levavam para o interior da África.
Esse fato, aliado à presença de ricas minas de ouro, tornava a Núbia uma região cobiçada pelos faraós do Egito.

8. Kush e Aksum
Desde 2000 a.C., existia na região da Núbia um reino relativamente poderoso, chamado Kush, cuja história vem sendo recuperada pelos arqueólogos. Durante muito tempo esse reino esteve sob domínio do Egito. A influência cultural egípcia foi muito forte, como se pode ver, por exemplo, pela construção de pirâmides e de templos. O templo mais importante foi Abu Simbel, construído pelo faraó Ramsés II, que governou no século XIII a.C.
Algum tempo depois, o Reino de Kush recuperou a independência, e seus reis até chegaram a governar o Egito por quase cem anos. Constituíram a 25ª dinastia na história egípcia.
O Reino de Kush começou a decair no início da era cristã e acabou sendo conquistado por outro reino localizado nas imediações, em terras que hoje se encontram no norte da Etiópia. O novo reino ficou conhecido pelo nome de sua capital, a cidade de Aksum. Nos séculos seguintes, Aksum tornou-se um grande Estado e seu território se estendia até o Mar Vermelho, chegando a incluir terras da Península Arábica.

Reino de Aksum, nordeste da África

Por seus portos passavam rotas comerciais que ligavam o sul da Índia ao Império Romano. Aksum era um importante centro mercantil e ponto de encontro de influências culturais diversas. A riqueza permitiu que a cidade pudesse contar com magníficos palácios e templos construídos de pedra talhada.
A partir do século IV, cristãos subiram o Rio Nilo difundindo a nova fé. Os governantes de Aksum tornaram-se cristãos e nos séculos seguintes foram capazes de resistir à pressão dos árabes. É por isso que a maioria da população que hoje habita a Eritreia e a
Etiópia (países que herdaram o território do Reino de Aksum) é cristã, embora seus vizinhos sejam todos seguidores do islamismo.



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