EGITO ANTIGO
1. A
civilização das pirâmides
Até
o quinto milênio antes da era cristã, o Saara era uma região úmida e coberta de
vegetação. Mudanças climáticas ocorridas nessa época alteraram completamente a
paisagem. Rios e lagos secaram. Muitas pessoas que moravam na região tiveram de
buscar outros lugares para viver. Um dos destinos foi o vale do Rio Nilo.
Com
a chegada dos novos moradores que fugiam da desertificação do Saara, a
população do Vale do Nilo cresceu rapidamente. Nessa região se desenvolveu uma
das mais extraordinárias e duradouras sociedades da Antiguidade.
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Esculturas no Vale dos Reis, Egito |
Ainda
hoje o Egito antigo desperta admiração, interesse e curiosidade em
historiadores, arqueólogos, caçadores de tesouros ou mesmo em pessoas comuns.
Muitos são os que procuram saber mais a respeito da sociedade que construiu
pirâmides colossais e desenvolveu inúmeros conhecimentos utilizados até o
presente.
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Mapa do Egito Antigo, no noroeste da África |
2. Uma
dádiva do Nilo
As
cheias periódicas do Rio Nilo transformam o Egito em uma espécie de oásis em
meio ao deserto do nordeste africano. Elas são provocadas por chuvas abundantes
que caem na nascente do rio, no interior do continente, e chegam ao Egito
depois de atravessar uma extensão de terra de mais de 5 mil quilômetros.
As
cheias começam no final de junho e atingem seu volume máximo em setembro; em
seguida, o rio começa a baixar, voltando ao seu leito em dezembro. Em meio a
esse processo, as águas inundam uma grande extensão das margens e formam uma
espécie de limo, o húmus, que torna as terras muito férteis.
Desde
o Período Neolítico, os grupos humanos que viviam nessa região perceberam que
poderiam tirar proveito disso. Aprenderam que, ao serem plantados logo após o
recuo das águas, os vegetais cresciam rapidamente e podiam ser colhidos antes
do início da nova enchente.
Ao
longo de muitas gerações, os egípcios foram aprimorando um amplo sistema de
irrigação. Construindo diques e canais, aprenderam a controlar e a aproveitar
ao máximo as inundações para o desenvolvimento da agricultura.
A
importância das águas do Nilo para a população que vivia em suas margens era
tal que os egípcios consideravam o rio um de seus deuses. No século V a.C., o
historiador grego Heródoto, refletindo sobre essa condição, chegou a afirmar
que o Egito era uma “dádiva do Nilo”.
As cheias
periódicas do Rio Nilo transformam o Egito em uma espécie de oásis em meio ao deserto
do nordeste africano. Elas são provocadas por chuvas abundantes que caem na
nascente do rio, no interior do continente, e chegam ao Egito depois de
atravessar uma extensão de terra de mais de 5 mil quilômetros.
As cheias
começam no final de junho e atingem seu volume máximo em setembro; em seguida, o
rio começa a baixar, voltando ao seu leito em dezembro. Em meio a esse
processo, as águas inundam uma grande extensão das margens e formam uma espécie
de limo, o húmus, que torna as terras muito férteis.
Desde o
Período Neolítico, os grupos humanos que viviam nessa região perceberam que
poderiam tirar proveito disso. Aprenderam que, ao serem plantados logo após o
recuo das águas, os vegetais cresciam rapidamente e podiam ser colhidos antes
do início da nova enchente.
Ao longo de
muitas gerações, os egípcios foram aprimorando um amplo sistema de irrigação. Construindo
diques e canais, aprenderam a controlar e a aproveitar ao máximo as inundações para
o desenvolvimento da agricultura.
A
importância das águas do Nilo para a população que vivia em suas margens era
tal que os egípcios consideravam o rio um de seus deuses. No século V a.C., o historiador
grego Heródoto, refletindo sobre essa condição, chegou a afirmar que o Egito
era uma “dádiva do Nilo”.
3. A escrita hieroglífica
Desde o
quarto milênio a.C., os egípcios desenvolveram um complexo sistema de escrita, chamada
hieroglífica. Os hieróglifos - palavra grega que significa caracteres
sagrados - eram constituídos de pequenos desenhos com múltiplos
significados. Em geral, esses desenhos eram gravados ou pintados nas paredes
dos túmulos e dos templos.
Quando
escritos sobre papiro – uma espécie de papel que os egípcios fabricavam
a partir de uma planta de mesmo nome, que crescia em abundância no Vale do Nilo
–, os hieróglifos tinham de ser abreviados, originando uma escrita simplificada
à qual se deu o nome de hierática.
Por fim, os
egípcios desenvolveram o demótico, que é uma forma mais popular de escrita,
proveniente de uma simplificação da forma hierática.
Com a
conquista do Egito antigo pelos exércitos de Alexandre Magno, e posteriormente pelos romanos, esses sistemas de
escrita acabaram caindo no esquecimento. Nem mesmo os egípcios sabiam mais como
usá-lo. Foi somente no século XIX que pesquisadores europeus se dedicaram ao
estudo dos registros escritos do Egito antigo. E coube ao francês Jean-FrançoisChampollion (1790-1832), o mérito de revelar os significados dos hieróglifos. Também
o inglês Thomas Young trabalhou na decifração dos hieróglifos, mas com menos sucesso.
Champollion
era um estudioso de línguas antigas, que aos 16 anos
já conhecia hebraico, árabe, persa, copta e várias outras línguas orientais. Ele tomou como base a Pedra de Roseta, uma lápide de basalto preto, encontrada no Delta do Nilo, em 1799. Essa
pedra havia sido encontrada pelos franceses, mas ela lhes foi tomada pelos ingleses,
e é por isso que se encontra no Museu Britânico, em Londres.
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A Pedra de Roseta tem como medidas 1,14 m x 72 cm x 27 cm. Museu Britânico, Londres. |
A Pedra de
Roseta contém um único texto, datado de 196 a.C., escrito em três sistemas de
notação: hieroglífico, demótico e grego. Partindo do grego, uma língua que já
conhecia, Champollion conseguiu identificar as mesmas palavras nas outras duas
escritas e, assim, pôde determinar o significado de cada uma das grafias.
Valendo-se
dos conhecimentos obtidos com essa interpretação, outros estudiosos passaram a
se dedicar ao estudo mais detalhado dos hieróglifos, bem como dos templos, dos
túmulos, dos relevos e das pinturas. Dessa forma tornou-se possível ampliar o
conhecimento sobre diversos aspectos da sociedade egípcia. Essas pesquisas
deram origem à egiptologia, área do conhecimento que estuda o Egito
antigo.
4. Dois
mil anos de império
Por
volta do quarto milênio a.C., existiam no Vale do Nilo pequenas comunidades
conhecidas pela palavra grega nomos, cada uma delas chefiada por um
líder, chamado nomarca. A fim de obter melhor aproveitamento das cheias do
grande rio, essas comunidades se uniam para efetuar a construção de diques e
canais de irrigação.
Com
o tempo, os agrupamentos acabaram originando dois reinos distintos,
correspondentes ao Alto e ao Baixo Egito.
O
Alto Egito ficava ao sul e era formado pelo extenso vale ao longo das margens
do Nilo. O Baixo Egito, ao norte, organizava-se em torno do delta formado pelo
rio ao desaguar no Mar Mediterrâneo.
Por
volta de 3200 a.C., Menés, soberano do Alto Egito, impôs a unificação dos dois
reinos, tomando para si o título de faraó. A partir desse momento,
pode-se dividir a história do Egito antigo em três longos períodos, nos quais os
faraós conseguiram manter o poder:
· Antigo Império (cerca
de 3200-2000 a.C.)
– Durante a maior
parte desse período, o centro administrativo do Egito era a cidade de Mênfis,
localizada no Delta do Nilo. Dessa cidade os pesquisadores não encontraram
vestígios nem mesmo ruínas. Entre os faraós mais conhecidos dessa fase
encontram-se Quéops, Quéfren e Miquerinos. Foram eles que mandaram construir,
para servir-lhes de túmulos, as grandes pirâmides da Planície de Gizé (cerca de
2600 a.C.). A partir de 2350 a.C., as lutas entre os líderes dos nomos e a
desorganização do poder central geraram crises que acabaram por enfraquecer a
autoridade do faraó.
·
Médio Império (2000-1580 a.C.) – O
poder do faraó foi restaurado por governantes do Alto Egito. Dessa vez, o
centro administrativo se estabeleceu em Tebas. Seguiu-se um longo período de
relativa prosperidade que durou cerca de quatrocentos anos, até a invasão dos
hicsos. Utilizando armas e recursos de guerra desconhecidos dos egípcios, esse
povo, proveniente da Ásia ocidental, dominou e subjugou o Egito durante quase
duzentos anos.
Nesse
mesmo período, os hebreus também se instalaram na terra dos faraós.
· Novo Império (1580-1085 a.C.) – Período iniciado com a expulsão dos
hicsos por soberanos do Alto Egito, que restabeleceram a autonomia na região e
consolidaram a autoridade do faraó sobre todo o território. Destacaram-se os
governos dos faraós Tutmés III e Ramsés II, que converteram o Egito, durante
algum tempo, no estado mais poderoso do Crescente Fértil. O comércio se
expandiu tanto por terra como por mar, tendo chegado até a ilha de Creta. Nessa
época, foram construídos os templos de Luxor e Carnac.
Renascimento Saíta
(663-525 a.C.)
A partir do
século XII a.C., teve início um período de enfraquecimento do poder dos faraós,
ocasionado por disputas internas. Desestabilizado o poder central, o Egito
sofreu sucessivas invasões, culminando com a conquista do Império pelos
assírios, em 671 a.C.
Passado
um século e meio, príncipes de Saís, cidade localizada no Delta do Nilo,
lideraram os egípcios na expulsão dos assírios e possibilitaram, mais uma vez,
o fortalecimento da sociedade egípcia. A estabilidade durou pouco, entretanto.
Um importante faraó desse período foi Necao, que tentou unir o Mar Mediterrâneo
ao Mar Vermelho por meio de um canal. Por sua ordem, ainda, navios egípcios,
comandados por um capitão fenício, realizaram uma viagem de circum-navegação do
continente africano. Em 525 a.C., os persas dominaram o Egito, que, a partir de
então, não conseguiu mais recuperar sua autonomia.
Depois
do domínio persa, o território seria sucessivamente conquistado pelos gregos e
pelos romanos.
5.
Sociedade no Egito Antigo
A
sociedade egípcia era dividida em camadas sociais entre as quais havia
profundas diferenças. Todo o poder estava centralizado nas mãos do faraó,
considerado um deus. Chamamos essa forma de governo de teocracia. O
faraó exercia as mais altas funções sociais era o grande sacerdote, o chefe dos
exércitos e o juiz. Como soberano absoluto de todo o território, dominava os
grupos sociais, organizando e administrando as atividades econômicas.
Os
sacerdotes constituíam uma categoria poderosa e influente, em razão da
importância da religião para os egípcios. Como guardiões dos templos, eles
recebiam e administravam as oferendas feitas aos deuses pela população.
Os
parentes do faraó e os altos funcionários formavam uma espécie de nobreza.
Os últimos administravam, em nome do faraó, as quarenta e duas províncias (ou
nomos) unificadas do Egito.
A
administração complexa e centralizada exigia, contudo, enorme quantidade de
funcionários, encarregados de cobrar impostos, fiscalizar obras e acompanhar
trabalhos agrícolas em toda a extensão do Império. Por essa razão, os escribas,
aqueles que aprendiam a lidar com números e a manejar a complicada escrita egípcia,
exerciam uma função destacada na sociedade.
Após
um longo treinamento ao lado dos sacerdotes, o escriba podia ascender
socialmente e exercer altos cargos religiosos ou administrativos.
Uma
parte da população era constituída por artesãos, que trabalhavam,
geralmente, nos ofícios gerados pela construção de templos e túmulos. Eram,
entre outros, tecelões, marceneiros, sapateiros, pedreiros, ferreiros,
pintores, escultores, perfumistas, ourives.
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A estratificação da sociedade do Egito antigo pode ser ilustrada por uma pirâmide, com o faraó no topo e os escravos na base |
A
maioria dos habitantes do Egito era composta por camponeses, que
trabalhavam nas terras pertencentes ao faraó, aos templos e aos nobres. Eles
deviam entregar ao senhor da terra parte de sua colheita ou dos animais que
criavam. Além disso, deviam trabalhar na construção e manutenção dos canais e
dos diques.
A
escravização, que tivera pouca importância durante o Antigo Império, cresceu
posteriormente, principalmente no Novo Império, como resultado das campanhas
militares egípcias na Ásia e na África, mas não chegou a ter, entre os
egípcios, a mesma importância que viria a ter em outras civilizações da
Antiguidade, como Grécia e Roma. No Egito, as condições de vida dos escravos
não eram muito diferentes das dos trabalhadores livres: podiam arrendar terras,
casar com mulheres livres e ser libertados a qualquer momento, com apenas uma
declaração do dono perante testemunhas.
Atividades econômicas
As
atividades econômicas eram controladas pelo faraó, proprietário nominal da
maioria das terras. Grande parte das atividades produtivas era organizada e
administrada por ele, desde o planejamento e a construção de canais e diques
para a irrigação das terras até o armazenamento e a distribuição da produção.
A principal
atividade econômica era a agricultura. A produção agrícola, de modo geral,
estava voltada para suprir as necessidades da população. Cabia aos funcionários
do soberano guardar parte dessa produção para ser distribuída em períodos de
escassez. A pecuária era uma atividade importante, embora restrita aos templos
que possuíam grandes extensões de terra. Além disso, os egípcios dedicavam-se à
construção de embarcações, à tecelagem do linho, à cerâmica e à metalurgia.
6. Uma
religião de muitos deuses
A
religiosidade constituiu, sem dúvida nenhuma, o traço mais marcante da sociedade
egípcia. Como inúmeros povos da Antiguidade, os egípcios eram politeístas. De
um modo geral, esses deuses correspondiam às forças naturais mais importantes
no cotidiano egípcio. Não por acaso, os principais deuses eram Rá (o Sol) e
Osíris (o Nilo). Animais como o boi, o crocodilo, o gato e o falcão eram considerados
sagrados.
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Deuses egípcios Hórus, Isis e Anúbis, representados com corpo de e cabeça de animal |
Algumas
divindades locais ganhavam expressão em todo o Egito, quando a cidade em que
eram adoradas se tornava o centro administrativo. Foi o que aconteceu com
Tebas, por exemplo, a partir do Médio Império. O deus local Amon foi identificado
com Rá, dando origem ao culto a Amon-Rá.
A vida após a morte
Os
egípcios admitiam que cada pessoa tinha um espírito, que sobreviveria enquanto
o corpo não fosse destruído. A preservação deste era possível por meio da mumificação,
uma complexa técnica de embalsamar os mortos.
A
preocupação com os mortos levou os egípcios a construir túmulos duradouros.
Entre eles, os mais grandiosos são as pirâmides, que guardavam, num compartimento
secreto, a múmia dos faraós. Nas mastabas (construções simples, de formato
trapezoide) e nos hipogeus (túmulos subterrâneos) ficavam sepultados nobres e
sacerdotes ilustres.
A arte
A
produção artística era predominantemente de inspiração religiosa. Foi para os
deuses e para os mortos que os egípcios construíram seus maiores monumentos.
Expressada
por meio da pintura, da escultura e da arquitetura, a grandiosidade da arte
egípcia ainda hoje nos impressiona. A pirâmide de Quéops, por exemplo, com
146,6 metros de altura, constitui o mais colossal monumento do mundo antigo. Graças
ao trabalho minucioso dos artesãos egípcios, os templos, as colunas e os túmulos
tinham as paredes inteiramente decoradas com hieróglifos e desenhos pintados ou
esculpidos.
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Kéops, Kéfren e Mikerinos, as grandes pirâmides de Gizé, construídas há mais de 4 mil anos, pelos faraós dos mesmos nomes. |
7. Os
saberes científicos
Os
egípcios desenvolveram significativamente várias áreas do conhecimento. As
áreas em que mais se destacaram foram a astronomia, a matemática e a medicina.
A necessidade de prever as enchentes do Nilo e de executar obras para o
aproveitamento das águas do rio levou-os à observação dos astros e à construção
de fórmulas para medir superfícies. Utilizavam a soma, a subtração e a divisão.
A
medicina egípcia também se desenvolveu muito. A prática da mumificação
favoreceu o conhecimento do corpo humano. Os médicos egípcios sabiam, por
exemplo, como funcionava o mecanismo da circulação do sangue e faziam diversos tipos
de cirurgia. Também possuíam noções de medicamentos e desenvolveram inúmeras
fórmulas para tratar diversas doenças, inclusive fratura de vértebras.
Além
disso, criaram um calendário solar, em que o ano, de 365 dias, era dividido em
doze meses de trinta dias cada, e ao qual acrescentavam cinco dias festivos.
Embora
existam controvérsias sobre a origem da agricultura praticada na África
subsaariana, não há dúvida de que, no terreno da política e da cultura,
os antigos egípcios tiveram influência direta sobre diversos povos que viviam ao
sul, no Vale do Nilo e em seus arredores.
Alguns
desses povos viviam na antiga Núbia, região localizada no Vale do Nilo que hoje
faz parte do Sudão. Era por ali que passavam os caminhos que levavam para o
interior da África.
Esse
fato, aliado à presença de ricas minas de ouro, tornava a Núbia uma região
cobiçada pelos faraós do Egito.
8. Kush
e Aksum
Desde
2000 a.C., existia na região da Núbia um reino relativamente poderoso, chamado
Kush, cuja história vem sendo recuperada pelos arqueólogos. Durante muito tempo
esse reino esteve sob domínio do Egito. A influência cultural egípcia foi muito
forte, como se pode ver, por exemplo, pela construção de pirâmides e de
templos. O templo mais importante foi Abu Simbel, construído pelo faraó Ramsés
II, que governou no século XIII a.C.
Algum
tempo depois, o Reino de Kush recuperou a independência, e seus reis até
chegaram a governar o Egito por quase cem anos. Constituíram a 25ª dinastia na
história egípcia.
O
Reino de Kush começou a decair no início da era cristã e acabou sendo
conquistado por outro reino localizado nas imediações, em terras que hoje se
encontram no norte da Etiópia. O novo reino ficou conhecido pelo nome de sua
capital, a cidade de Aksum. Nos séculos seguintes, Aksum tornou-se um grande
Estado e seu território se estendia até o Mar Vermelho, chegando a incluir
terras da Península Arábica.
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Reino de Aksum, nordeste da África |
Por
seus portos passavam rotas comerciais que ligavam o sul da Índia ao Império
Romano. Aksum era um importante centro mercantil e ponto de encontro de influências
culturais diversas. A riqueza permitiu que a cidade pudesse contar com magníficos
palácios e templos construídos de pedra talhada.
A
partir do século IV, cristãos subiram o Rio Nilo difundindo a nova fé. Os
governantes de Aksum tornaram-se cristãos e nos séculos seguintes foram capazes
de resistir à pressão dos árabes. É por isso que a maioria da população que
hoje habita a Eritreia e a
Etiópia
(países que herdaram o território do Reino de Aksum) é cristã, embora seus
vizinhos sejam todos seguidores do islamismo.
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