sábado, 6 de janeiro de 2018

GRANDES  PENSADORES  DA ANTIGA CHINA


Numa  época  em  que  a  China vivia a agitação causada pelas guerras entre os reinos,  fase que ficou conhecida por Período dos Reinos Combatentes, viveram naquele território importantes pensadores, sendo os mais influentes Laozi e Confúcio, criadores do taoismo e do confucionismo, respectivamente.

O taoísmo
Segundo a tradição, Lao-Tsé (que signifi ca “velho mestre”) foi o fundador do taoísmo. Ele era contemporâneo de Confúcio, embora fosse um pouco mais velho. O texto taoista mais conhecido intitula-se Tao Te Ching, ou “Livro do Caminho e da Virtude”, e sua autoria é atribuída a Lao-Tsé.
A palavra chinesa Tao, que compõe o termo “taoismo”, quer dizer “caminho”. Os taoistas defendem a moderação dos desejos, pois quando são numerosos e intensos causam perturbação.
Acreditam que todas as coisas e todos os seres têm um caminho, que é o natural, e, para seguir esse caminho, a pessoa não deve se restringir a normas; ao contrário, ela deve aceitar a ordem natural das coisas, sem resistência.
Esse ponto mostra a radical diferença que separa o taoismo do confucionismo.

O confucionismo
Confúcio foi o responsável por um conjunto de princípios filosóficos e morais que serviu de norma de comportamento para os chineses por mais de dois mil anos. Com o tempo, o confucionismo passou a ser visto também como uma religião, e templos dedicados a Confúcio foram erguidos em vários países da Ásia oriental.
Confúcio

Confúcio, nascido em 551 a.C., pertencia a uma família nobre, embora empobrecida, e desde muito jovem voltou-se para os estudos. “Aos 15 anos, dediquei-me de coração a aprender”, escreveu ele. Era considerado um dos homens mais sábios de seu tempo. Quando adulto, ocupou cargos no reino onde vivia e depois passou muitos anos viajando por vários outros reinos, oferecendo seus conselhos aos senhores locais. Aos 68 anos, retornou para sua terra e passou a dedicar-se ao ensino.
Faleceu em 479 a.C. Seus discípulos reuniram seus ensinamentos na obra Analectos (palavra grega que designa uma coleção de escritos ou ditos célebres).
As ideias básicas do confucionismo destacam a importância da educação, o respeito aos mais velhos, a ideia de que o homem pode se aperfeiçoar, a obrigação de cada um cumprir seus deveres e, para o governante, o dever moral de dar o bom exemplo. Confúcio ensinava que um governante deveria esforçar-se para oferecer paz e prosperidade ao povo. Se não alcançasse esse objetivo, poderia ser substituído. Embora recomendasse obediência aos superiores, Confúcio admitia a derrubada de um governo que tivesse conduta indigna — uma ideia que estava de acordo com o conceito do Mandato Celestial. Também ensinava que o bom governante devia estimular a educação, promover uma sociedade justa e nomear pessoas capazes para os cargos mais importantes, sem se preocupar com a origem social delas. Essa recomendação foi, mais tarde, acatada ao ser implantado o sistema de exames para selecionar os funcionários do governo chinês.
Depois que a república foi proclamada, em 1912, o confucionismo, considerado uma doutrina conservadora, foi abandonado como filosofia oficial pelo governo chinês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário