OS EVANGELHOS SINÓTICOS: Marcos, Mateus, Lucas e João
De onde vêm esses quatro nomes
O Novo Testamento possui quatro evangelhos atribuídos a Mateus, Marcos, Lucas e João. Os quatro evangelhos não são biografias de Jesus. O que cada evangelho tentou fazer foi escrever uma explicação teológica para os eventos da vida de Jesus de Nazaré.
Ao narrar sua vida, seu ministério e sua morte, os evangelhos afirmam que esses eventos deveriam ser interpretados em relação à história de Israel.
A palavra 'evangelho' deriva do termo anglo-saxão para 'boas novas', e os escritores são considerados 'evangelistas', do grego Euangelistes (portador de boas notícias). Nesse contexto, as 'boas novas' são a mensagem dos ensinamentos de Jesus de Nazaré de que o reino de Deus predito pelos profetas de Israel era iminente.
Os textos originais dos evangelhos já existiam há cerca de cem anos, sem nomes. Os Pais da Igreja atribuíram os nomes no século 2 d.C.; nenhum dos escritores assinou seu trabalho.
Os evangelhos não são relatos de testemunhas oculares; nenhum dos escritores do evangelho jamais afirmou ser uma testemunha ocular.
Uma exceção é Lucas, que diz ter entrevistado testemunhas, mas não fornece mais detalhes. Em sua tentativa de fornecer origens aos escritores, os Pais da Igreja tentaram alinhá-los o mais próximo possível do círculo de convívio original de Jesus.
Eles também estavam cientes de um problema fundamental: os primeiros discípulos de Jesus eram pescadores da Galileia que não sabiam ler e escrever o nível de grego usado nesses documentos.
Nos Atos dos Apóstolos, Lucas escreveu que Pedro tinha um discípulo chamado João Marcos que o acompanhava em suas viagens. Por volta do século 2 d.C., emergiu a lenda de que Pedro havia morrido em Roma sob o imperador romano Nero (r. 54-68 d.C.), e então os Pais da Igreja afirmaram que Pedro ditou este evangelho a Marcos em Roma.
Em Marcos e Lucas, quando Jesus chamou o cobrador de impostos para segui-lo, esse indivíduo chama-se Levi. No evangelho de Mateus, ele é chamado de Mateus. Os Pais da Igreja identificaram este escritor por esta pista, daí o nome. Acreditava-se que havia uma versão anterior do evangelho de Mateus em hebraico. Isso forneceu-lhe raízes históricas mais confiáveis e, assim, eles o colocaram em primeiro lugar no Novo Testamento.
Os Pais da Igreja sabiam que o terceiro evangelho e os Atos dos Apóstolos foram escritos pela mesma pessoa, mas não havia um Lucas na lista dos discípulos. No entanto, a segunda metade de Atos relata as viagens missionárias de Paulo. Em uma das cartas de Paulo, ele mencionou um companheiro de viagem chamado Lucas. Para os Pais, este era uma testemunha ocular das missões.
O quarto evangelho, João, faz constante referência a um personagem chamado de "o discípulo amado". Os Pais da Igreja sabiam de alguém chamado João, o Ancião de Éfeso, que supostamente era um discípulo original, e assim atribuíram a ele este evangelho, afirmando que ele era João, o irmão de Tiago (os filhos de Zebedeu).
(Fonte: https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-19436/os-evangelhos/)
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