VARÍOLA, uma das enfermidades mais devastadoras da história da humanidade
A varíola é
classificada como uma das enfermidades mais devastadoras da história da
humanidade. No passado
matava indistintamente pobres e ricos. Sabe-se que no século 18, a
doença matava um recém-nascido em cada dez na Suécia e na França, e um em cada
sete na Rússia. A letalidade da varíola era tão grande entre as crianças
que, em algumas culturas antigas, as crianças só recebiam nomes se
sobrevivessem a ela. Se a pessoa contaminada não morresse, ela ficava com sequelas terríveis, inlcuido a cegueira
Mas podemos ficar
tranquilos porque a varíola não existe mais. Vejamos como isso se deu. A varíola é uma doença que se originou na
Ásia e chegou à Europa no início do século XVIII. O primeiro médico de quem se
tem notícia a se preocupar com sua cura na Europa foi o inglês Edward Jenner (1749–1823).
Jenner observou que mulheres ordenhadoras de
vacas contaminadas pelo cowpox vírus
(vaccinia ou varíola das vacas) não desenvolviam a doença e
concluiu que a imunidade dessas mulheres se devia à infecção não perigosa. Ele,
então, retirou
pequena quantidade de sangue das mãos de uma camponesa e inoculou em um garoto
de oito anos, chamado Jame Phipps. Com o tempo
constatou-se que a criança havia se tornado imune à varíola.
Essa
foi a primeira vacina de que se tem notícia - a própria palavra vacina vem do
latim vaccinus, de vacca (vaca). Era o dia 14 de maio de 1796 – uma data
histórica, portanto, que devia ser festivamente comemorada em todo o planeta.
No Brasil, o mérito pelo combate definitivo à
varíola (e outras doenças) que infestava a cidade do Rio de Janeiro coube a Osvaldo
Cruz, criador do Instituto Soroterápico Federal (hoje Instituto Osvaldo Cruz), cuja
direção assumiu em 1902. No ano seguinte, Osvaldo Cruz foi nomeado Diretor-geral da Saúde
Pública pelo próprio presidente da República, Rodrigues Alves. Passado mais um ano, conseguiu a aprovação de uma lei federal que tornava obrigatória a
vacinação contra a varíola.
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Porém, a falta de informação fez com que as
pessoas se revoltassem contra a vacina (Revolta da Vacina, 1904). O processo de vacinação foi
momentaneamente interroesmpido e reiniciado tão logo o governo retomou controle
da situação. Em pouco tempo, a varíola foi erradicada da capital e declarada
extinta em todo o país em 1973.
Campanhas de vacinação bem sucedidas em todo
o mundo fizeram com que a Organização das Nações Unidas (OMS) declarasse a varíola
erradicada no mundo todo em 1980.
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