quinta-feira, 19 de novembro de 2015

VARÍOLA, uma das enfermidades mais devastadoras da história da humanidade

A varíola é classificada como uma das enfermidades mais devastadoras da história da humanidade. No passado matava indistintamente pobres e ricos. Sabe-se que no século 18, a doença matava um recém-nascido em cada dez na Suécia e na França, e um em cada sete na Rússia. A letalidade da varíola era tão grande entre as crianças que, em algumas culturas antigas, as crianças só recebiam nomes se sobrevivessem a ela. Se a pessoa contaminada não morresse, ela ficava com sequelas terríveis, inlcuido a cegueira

Mas podemos ficar tranquilos porque a varíola não existe mais. Vejamos como isso se deu. A varíola é uma doença que se originou na Ásia e chegou à Europa no início do século XVIII. O primeiro médico de quem se tem notícia a se preocupar com sua cura na Europa foi o inglês Edward Jenner (1749–1823).

Jenner observou que mulheres ordenhadoras de vacas contaminadas pelo cowpox vírus (vaccinia ou varíola das vacas) não desenvolviam a doença e concluiu que a imunidade dessas mulheres se devia à infecção não perigosa. Ele, então, retirou pequena quantidade de sangue das mãos de uma camponesa e inoculou em um garoto de oito anos, chamado Jame Phipps. Com o tempo constatou-se que a criança havia se tornado imune à varíola.

 Essa foi a primeira vacina de que se tem notícia - a própria palavra vacina vem do latim vaccinus, de vacca (vaca). Era o dia 14 de maio de 1796 – uma data histórica, portanto, que devia ser festivamente comemorada em todo o planeta.

No Brasil, o mérito pelo combate definitivo à varíola (e outras doenças) que infestava a cidade do Rio de Janeiro coube a Osvaldo Cruz, criador do Instituto Soroterápico Federal (hoje Instituto Osvaldo Cruz), cuja direção assumiu em 1902. No ano seguinte, Osvaldo Cruz foi nomeado Diretor-geral da Saúde Pública pelo próprio presidente da República, Rodrigues Alves.  Passado mais um ano, conseguiu a aprovação de uma lei federal que tornava obrigatória a vacinação contra a varíola. 

Revolta da Vacina, charge publicada na revista O Malho, em 29/10/1904

Porém, a falta de informação fez com que as pessoas se revoltassem contra a vacina (Revolta da Vacina, 1904). O processo de vacinação foi momentaneamente interroesmpido e reiniciado tão logo o governo retomou controle da situação. Em pouco tempo, a varíola foi erradicada da capital e declarada extinta em todo o país em 1973.



Campanhas de vacinação bem sucedidas em todo o mundo fizeram com que a Organização das Nações Unidas (OMS) declarasse a varíola erradicada no mundo todo em 1980.

Nenhum comentário:

Postar um comentário