sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ALBERT SCHWEITZER

Existem personalidades que são com frequência homenageados, como Nelson Mandela, Albert Eistein e outros. Mas há aqueles que também deixaram uma marca importante de sua passagem entre nós e são quase desconhecidos da maioria das pessoas. Um deles foi Albert Schweitzer, que se notabilizou como humanista cristão. Falemos um pouco dele.

Nascido na Alemanha, diplomou-se simultaneamente em Teologia e Filosofia, e tornou-se professor da própria universidade em que estudara. Paralelamente, dedicava-se à música erudita, destacando-se como organista e exímio intérprete de Bach.

Não satisfeito com tudo isso, aos trinta anos, em 1905, começou a estudar medicina, motivado pela situação de penúria dos habitantes das colônias europeias na África, particularmente carentes de assistência médica. Como médico, poderia atuar mesmo sem poder usar as palavras.

Seis anos depois, já formado, partiu para Lambaréné, no Gabão, para trabalhar num missão evangélica, que havia aberto um posto de saúde e necessitava de médicos.

Ali, deparou-se com absoluta falta de recursos, mas não desanimou: improvisou um consultório num antigo galinheiro! Apesar do clima, da falta de higiene, das dificuldades com o idioma, da carência de remédios e de instrumentos de trabalho, ele continuou atendendo seus clientes, numa média de 40 por dia. E ainda sobrava tempo para ensinar o Evangelho para os habitantes locais!

Schweitzer na África em foto de 1933

Durante a Primeira Guerra Mundial, Albert Schweitzer e sua família foram levados para a França, como prisioneiros de guerra (França e Alemanha estavam em campos opostos). Com o final da guerra, Schweitzer circulou por diversos países da Europa, realizando palestras e dando concertos, com o objetivo de angariar fundos para retomar sua obra na África. Tornou-se conhecido em muitos círculos intelectuais do continente europeu.

E após sete anos de permanência na Europa, em 1924, partiu novamente para Lambaréné. Dessa vez, levava consigo médicos e enfermeiras, uma das quais era sua própria esposa. Construíram um hospital. Contando, agora, com a colaboração de uma equipe de profissionais, Schweitzer pôde dedicar parte de seu tempo a escrever livros, fazer palestras e dar concertos, cuja renda servia para manter o hospital.

Em 1952, recebeu o Pêmio Nobel da Paz, como homenagem a uma intensa vida inteiramente dedicada ao propósito de servir ao bem comum. Faleceu em Lambarené, no Gabão, aos 90 anos de idade.


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