ALBERT SCHWEITZER
Existem personalidades que são com frequência homenageados, como Nelson
Mandela, Albert Eistein e outros. Mas há aqueles que também deixaram uma marca
importante de sua passagem entre nós e são quase desconhecidos da maioria das
pessoas. Um deles foi Albert Schweitzer, que se notabilizou como humanista
cristão. Falemos um pouco dele.
Nascido na Alemanha, diplomou-se simultaneamente em Teologia e
Filosofia, e tornou-se professor da própria universidade em que estudara. Paralelamente,
dedicava-se à música erudita, destacando-se como organista e exímio intérprete
de Bach.
Não satisfeito com tudo isso, aos trinta anos, em 1905, começou a estudar
medicina, motivado pela situação de penúria dos habitantes das colônias
europeias na África, particularmente carentes de assistência médica. Como
médico, poderia atuar mesmo sem poder usar as palavras.
Seis anos depois, já formado, partiu para Lambaréné, no Gabão, para
trabalhar num missão evangélica, que havia aberto um posto de saúde e necessitava
de médicos.
Ali, deparou-se com absoluta falta de recursos, mas não desanimou: improvisou um
consultório num antigo galinheiro! Apesar do clima, da falta de higiene, das
dificuldades com o idioma, da carência de remédios e de instrumentos de
trabalho, ele continuou atendendo seus clientes, numa média de 40 por dia. E
ainda sobrava tempo para ensinar o Evangelho para os habitantes locais!
Schweitzer na África em foto de 1933 |
Durante a Primeira Guerra Mundial, Albert Schweitzer e sua família foram levados para a França, como
prisioneiros de guerra (França e
Alemanha estavam em campos opostos). Com o final da guerra, Schweitzer circulou
por diversos países da Europa, realizando palestras e dando concertos, com o objetivo
de angariar fundos para retomar sua obra na África. Tornou-se conhecido em
muitos círculos intelectuais do continente europeu.
E após sete anos de
permanência na Europa, em 1924, partiu novamente para Lambaréné. Dessa vez,
levava consigo médicos e enfermeiras, uma das quais era sua própria esposa. Construíram
um hospital. Contando, agora, com a colaboração de uma equipe de profissionais,
Schweitzer pôde dedicar parte de seu tempo a escrever livros, fazer palestras e
dar concertos, cuja renda servia para manter o hospital.
Em 1952, recebeu o
Pêmio Nobel da Paz, como homenagem a uma intensa
vida inteiramente dedicada ao propósito de servir ao bem comum. Faleceu
em Lambarené, no Gabão, aos 90 anos de
idade.
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