domingo, 19 de julho de 2015

O  FIM  DA  REPÚBLICA  NA  ROMA  ANTIGA


      Durante certo tempo depois da morte de Júlio César, em 44 a.C., três chefes ligados a ele passaram a repartir o poder no mundo romano. Lépido, Marco Antônio e Otávio. Alguns anos depois, Lépido foi afastado, e o poder foi disputado pelos outros dois.
Marco Antônio foi combater no Oriente e, lá, se casou com Cleópatra, rainha do Egito. Isso era um problema, pois ele já era casado em Roma, justamente com a irmã de Otávio. Além disso, presenteou Cleópatra com diversas províncias romanas do Oriente. Esse fato causou muito descontentamento em Roma. Otávio denunciou Marco Antônio como traidor e conseguiu do Senado uma declaração de guerra contra ele e contra Cleópatra. Essa guerra favorecia os interesses de Roma, pois daria oportunidade para a conquista do Egito, na época um grande fornecedor de trigo para os romanos. O confronto se deu em 31 a.C. e resultou na vitória dos exércitos de Otávio. Derrotados, Cleópatra e Marco Antônio se suicidaram. Otávio retornou vitorioso a Roma, e o Senado lhe concedeu todos os poderes: civil, religioso e militar. O triunfo de Otávio se completou em 27 a.C, quando ele recebeu o título de Augusto, que significa “divino”, passando a ser chamado por esse nome. A concentração do poder nas mãos de Otávio deu origem a um novo regime político — o Império.
O governo de Augusto durou 41 anos e inaugurou um período de relativa paz e prosperidade, que durou mais de dois séculos. Esse longo período costuma ser chamado de Alto Império, para se diferenciar do período seguinte, o Baixo Império, que corresponde aos anos de instabilidade e enfraquecimento do poderio romano. Ao todo, o período imperial estendeu-se de 27 a.C a 476 d.C.
Augusto reorganizou a administração e as forças armadas, ampliou os territórios dominados por Roma e reforçou as fronteiras. Colocou em ordem as finanças e procurou revigorar antigos valores da família e da religião, que a elite romana estava deixando de observar. Também apoiou artistas e escritores que viveram em sua época, entre eles o historiador Tito Lívio e os poetas Horácio, Ovídio e Virgílio.
Ao morrer, Otávio Augusto passou a ser considerado divino, e um culto religioso foi organizado para ele. O mesmo ocorreria com seus sucessores.

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