O FIM DA
REPÚBLICA NA ROMA
ANTIGA
Durante certo tempo depois da morte de Júlio César, em 44 a.C., três chefes ligados a ele passaram a repartir o poder no mundo romano. Lépido, Marco Antônio e Otávio. Alguns anos depois, Lépido foi afastado, e o poder foi disputado pelos outros dois.
Marco Antônio foi combater no Oriente e, lá, se casou com
Cleópatra, rainha do Egito. Isso era um problema, pois ele já era casado em
Roma, justamente com a irmã de Otávio. Além disso, presenteou Cleópatra com
diversas províncias romanas do Oriente. Esse fato causou muito descontentamento
em Roma. Otávio denunciou Marco Antônio como traidor e conseguiu do Senado uma
declaração de guerra contra ele e contra Cleópatra. Essa guerra favorecia os
interesses de Roma, pois daria oportunidade para a conquista do Egito, na época
um grande fornecedor de trigo para os romanos. O confronto se deu em 31 a.C. e
resultou na vitória dos exércitos de Otávio. Derrotados, Cleópatra e Marco
Antônio se suicidaram. Otávio retornou vitorioso a Roma, e o Senado lhe
concedeu todos os poderes: civil,
religioso e militar. O triunfo de Otávio se completou em 27 a.C, quando ele
recebeu o título de Augusto, que
significa “divino”, passando a ser chamado por esse nome. A concentração do
poder nas mãos de Otávio deu origem a um novo regime político — o Império.
O governo de Augusto durou 41 anos e inaugurou um período
de relativa paz e prosperidade, que durou mais de dois séculos. Esse longo
período costuma ser chamado de Alto Império, para se diferenciar do período
seguinte, o Baixo Império, que corresponde aos anos de instabilidade e
enfraquecimento do poderio romano. Ao todo, o período imperial estendeu-se de
27 a.C a 476 d.C.
Augusto reorganizou a administração e as forças armadas,
ampliou os territórios dominados por Roma e reforçou as fronteiras. Colocou em ordem
as finanças e procurou revigorar antigos valores da família e da religião, que
a elite romana estava deixando de observar. Também apoiou artistas e escritores
que viveram em sua época, entre eles o historiador Tito Lívio e os poetas
Horácio, Ovídio e Virgílio.
Ao morrer, Otávio Augusto passou a ser considerado divino,
e um culto religioso foi organizado para ele. O mesmo ocorreria com seus
sucessores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário