O ESTADO ISLAMICO
O Estado Islâmico (EI) surgiu em agosto de 2014. Antes, chamou-se Estado
Islâmico no Iraque e na Síria (ISIS, na sigla em inglês) e Estado Islâmico no
Iraque e no Levante. Em 2014, o grupo concedeu a seu líder,
Abu
A-Bagdhadi, o titulo de califa.
Estado Islâmico
A bandeira segue a tradição da cor preta associada
aos primeiros anos do islã. Suas palavras dizem “Não há um deus a não ser Deus,
e Maomé é seu mensageiro”
Califa era como se chamavam os antigos
sucessores de Maomé. É um chefe de Estado na forma monárquica de governo
islâmica. Originalmente, o califa representava a unidade e a liderança política
do mundo islâmico. O título havia deixado de ser usado em 1924, logo após o fim
do Império Otomano.
A formação do grupo terrorista Estado Islâmico está relacionada à
crise política que teve início no Iraque com a guerra iniciada em 2003. Essa
guerra, como todos sabem, se iniciou dois anos após os atentados terroristas de
11 de setembro de 2001, nos Estados
Unidos, conduzidos por membros da organização Al-Qaeda, então liderada por
Osama Bin Laden.
O Estado
Islâmico é uma derivação da Al-Qaeda. As ações do EI, porém, ficaram
gradativamente mais radicais, até mesmo para os padrões da Al-Qaeda. Uma
diferença básica entre os dois grupos é que, ao contrário da Al Qaeda, os
terroristas do EI se recusam a respeitar as fronteiras existentes. não se contentam em dominar as áreas sunitas
situadas no leste da Síria e no oeste do Iraque, eles querem também
conquistar as regiões povoadas majoritariamente por judeus e por cristãos. O EI se
fundamenta na corrente sunita e tem como inimigos os xiitas em geral e as
minorias (yazidis, cristãos, curdos etc.), os governos do Irã, do Iraque, da
Síria, os Estados Unidos, a Europa, entre outros.
A Al-Qaeda possuía
grande espaço de atuação no território iraquiano e em parte da Síria. Justamente
os territórios que passaram a ser controlados pelo EI no momento de sua fundação. Vale dizer que o EI só existe na cabeça de seus
militantes, pois não foi reconhecido por nenhum país do mundo.
O objetivo do
Estado Islâmico é expandir o modelo teocrático radical islâmico de governo,
primeiramente por todo o Oriente Médio. O EI
segue os métodos de outras organizações terroristas islâmicas, como a Al-Qaeda
ou o Hamas. A esses métodos, os islamitas dão o nome de Jihad, ou
Guerra Santa.
O modelo
teocrático de governo implica na adoção da Lei Islâmica, ou Sharia, interpretada
a partir do Alcorão. De fato, o Islã estabelece regras, no plano religioso, militar,
político, etc., que orientam tanto a vida individual quanto a de toda a
coletividade. É por isso que nos países islâmicos não se dissociam Estado e
religião. Essas orientações são designadas por meio da palavra árabe Sharia.
O EI
expandiu rapidamente a área sob seu controle (veja mapa abaixo). Sua ação é financiada por meios
ilícitos (sequestros, por exemplo), mas também e principalmente pelas fontes de
petróleo e gás que caíram sob seu controle. Graças a isso, a organização tem recursos para
comprar armas e ampliar o quadro de militantes. Desde sua fundação, o EI sido muito eficiente em seus métodos
de recrutamento de novos combatentes, que chegam de todas as partes do mundo. E
tem conseguido ocupar cada vez mais espaço na imprensa mundial. Isso, não só por
seu rápido processo de expansão, mas também por seus métodos cruéis de execução
dos adversários capturados.
"Um relatório recente
afirma que 30 mil milicianos estrangeiros viajaram à Síria e ao Iraque desde
2011. Alguns deles, descontentes com a exclusão social. Outros, seduzidos pela
aventura. Em
cidades como Raqqa e Mossul, esses guerreiros vivem a partir de regras
restritas que proíbem fumo, mistura entre os sexos e música.
Mas,
apesar da ideia corrente de que o Estado Islâmico tenha devolvido a região à
Idade Média, seu território é governado por um emaranhado de instituições
públicas apropriadas por terroristas a partir das estruturas modernas que existiam
ali. Assim,
numa imitação perversa, moedas foram cunhadas, passaportes foram impressos,
multas de trânsito foram emitidas e currículos escolares foram
modificados." ( http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/11/1706936-estado-islamico-nasceu-em-1999-e-cresceu-com-guerras-no-iraque-e-siria.shtm Acesso em 16/nov/2015.)
Mas seus inimigos não ficaram de braços
cruzados. De fato, logo após a fundação do grupo, em 2014, cerca de 30 países estiveram
presentes em uma conferência em Paris para
discutir formas de fornecer ajuda militar ao Iraque para combater os radicais daquela
organização. A ideia da coalizão, encabeçada pelos Estados Unidos, foi aceita pelos
principais países ocidentais e também por dez países árabes. Em 2015, a Turquia
também se juntou à coalizão. Os ataques praticados em Paris, na
noite de 13 de novembro de 2015, que mataram 132 pessoas deverão intensificar o combate aos
terroristas do Estado Islâmico.
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