terça-feira, 2 de setembro de 2014

 BOMBA ATÕMICA E O HOLOCAUSTO

 

 O recursos de uma “guerra total”


Na Segunda Guerra Mundial não bastava derrotar militarmente o inimigo e submetê-lo a um acordo de paz. Era necessária uma rendição incondicional e uma submissão total. Esta foi uma das
características da maior carnificina da História.

  
A Segunda Guerra Mundial foi uma guerra total no sentido lato da palavra. A política nazista de destruição dos judeus (a “solução final”) contava com sofisticada organização de busca, seleção, transporte, concentração e assassinato nos campos de extermínio (o chamado Holocausto), para onde também foram enviados ciganos, oposicionistas e até prisioneiros de guerra. Já em 1945, os americanos jogaram bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, ameaçando o mundo com nova tecnologia de morte em massa. Essa foi a guerra total no último conflito mundial. Daí a mobilização de recursos simplesmente fabulosos.
Cogumelo formado pela explosão da bomba atômica.

A imensa capacidade industrial dos Estados Unidos, considerado “o arsenal da democracia”, foi percebida pelo almirante Yamamoto, o mais importante estrategista naval do Japão. Ele conhecia bem os Estados Unidos e disse, logo depois do ataque a Pearl Harbor: “Podemos crescer sem freios por seis meses a um ano, mas, depois disso, os poços de petróleo do Texas e as fábricas de Detroit darão os meios para uma contraofensiva irresistível dos americanos no Pacífico”.
A devastação causada pela bomba atômica em Hiroshima.

[...]
A Segunda Guerra Mundial teve como característica determinante o fato de que os países em conflito visavam pretensões ilimitadas. Em outras palavras, tinham como objetivo a submissão absoluta do adversário. Se na Primeira Guerra Mundial o objetivo das nações em combate era a derrota do inimigo no campo de batalha e a imposição de paz, isso não era exatamente válido para a Segunda Guerra Mundial.
Mortos em campo de concentração nazista.

A Alemanha de Hitler, por exemplo, pretendia dominar a Europa e transformar os países do Ocidente em estados vassalos. O plano nazista para o lado oriental era reduzir a União Soviética à condição de colônia e transformar sua população em serviçais dos “senhores” germânicos. Do lado dos Aliados, isto é, da Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Soviética, os objetivos não eram limitados: só a rendição incondicional é que valeria. Não se aceitaria uma paz negociada, não haveria condições. O inimigo seria combatido até a última bala.
[...]
Esse esforço de guerra exigiu o máximo de criatividade no sentido de aumentar a eficiência produtiva. Por isso os métodos de produção e engenharia mecânica tiveram notáveis avanços, que foram úteis depois para os tempos de paz. Ganhou a guerra quem venceu a batalha da produção.
Tota, Pedro. Segunda Guerra Mundial. In: Magnoli, Demétrio (Org.).
História das guerras. São Paulo: Contexto, 2008. p. 356.

Um comentário:

  1. Mesmo analisando todos os fatos que levaram a este cenário, é difícil compreender como tamanha barbárie foi permitida em ambos lados!
    Hoje sentimos (sinto) uma enorme desconexão entre a população e a política, mas quando leio sobre a segunda grande guerra, me parece que esta desconexão era maior ainda!
    Há toda aquela justificativa dos medos gerados pela primeira grande guerra, mas mesmo assim me pergunto, como fizemos o que fizemos?

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