sábado, 10 de março de 2018


REVOLUÇÃO  CUBANA


 A  pequena  ilha  de  Cuba, na América central, tem uma área pouco maior do que o estado de Pernambuco. Cuba era uma colônia da Espanha e ficou independente em 1898, com a ajuda dos Estados Unidos que travaram e venceram uma guerra contra as forças espanholas.
Da esquerda para a direita, Ernesto "Che" Guevara, Raul Castro e
Fidel Castro, líderes da Revolução Cuabana.
Embora independente, Cuba permaneceu sob tutela militar e econômica dos Estados Unidos. A economia cubana concentrava-se na produção de açúcar para o mercado estadunidense, sujeitando-se às oscilações da política de importações desse país. Grande parte das terras de cultivo estavam em poder de proprietários estrangeiros.
Na primeira metade do século XX, as instituições políticas em Cuba eram instáveis, sucedendo-se intervenções norte-americanas, frequentes golpes de Estado e governos ditatoriais. No início da década de 1950, o país vivia em regime de relativa normalidade institucional. Em 1952, o país se preparava para uma eleição presidencial. Às vésperas da eleição, surpreendentemente, ocorreu um golpe de estado: um dos candidatos a presidente, Fulgêncio Batista, liderou um golpe militar e assumiu o poder, impondo uma ditadura no país.

1. A luta revolucionária
Contra a nova situação, desencadeou-se um movimento armado, liderado por um jovem advogado, Fidel Castro. Em julho de 1953, o grupo tentou um ataque ao quartel de La Moncada, o mais importante do país. Não teve êxito, e Fidel acabou preso.
Em 1955, Batista, que ainda se mantinha no poder, concedeu uma anistia política, que beneficiou, entre outros, Fidel Castro. Embora livre, Fidel encontrou muitas dificuldades para desenvolver uma atuação política de oposição à ditadura. Diante dessa situação resolveu ir para o México. Ali, reuniu um grupo de companheiros para voltar a Cuba e reiniciar a luta armada contra o governo de Batista. Após três dias de viagem, o barco “Gramna”, que trazia os rebeldes, chegou a Cuba. Ao desembarcarem, os rebeldes foram surpreendidos por tropas do governo. Dos 82 combatentes que viajaram para Cuba, apenas um pequeno grupo de menos de 20 sobreviveram. Entre eles Fidel, seu irmão Raúl, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, um médico argentino.
O grupo sobrevivente conseguiu chegar à Sierra Maestra, onde deu início à luta contra a ditadura de Batista. Os revolucionários contavam com o apoio dos camponeses da região e de organizações urbanas que faziam oposição ao governo de Batista. Utilizando táticas de guerrilha, o movimento se fortaleceu e conseguiu vencer a superioridade bélica das forças do governo. A vitória se consumou, após dois anos de luta e terminou no dia 1º. de janeiro de 1959, quando Fulgêncio Batista fugiu de Cuba.
Sete dias depois, saudado pela multidão, Fidel chegou a Havana para assumir o controle do poder.

2. O socialismo
As primeiras medidas do novo governo foram o ataque ao analfabetismo, a lei de reforma agrária, o confisco das fazendas e a nacionalização de empresas nacionais e estrangeiras, muitas delas norte-americanas. Além disso, Fidel deu início a uma forte repressão dos membros do antigo regime e de opositores, fuzilando muitos deles.
Essas medidas provocaram a ira do governo dos Estados Unidos. O governo do presidente Eisenhower reagiu congelando todos os bens cubanos nos Estados Unidos e cortando os laços diplomáticos. Também decretou o embargo sobre o comércio com Cuba.
Diante dessa pressão do governo norte-americano, Cuba iniciou a aproximação com a União Soviética. As relações entre os dois países se deterioraram rapidamente, levando ao rompimento definitivo em janeiro de 1961.
Nesse mesmo ano, o governo norte-americano patrocinou uma invasão militar de refugiados cubanos ao território cubano, com a intenção de derrubar o governo de Fidel Castro, fato que ficou conhecido como “invasão da Baía dos Porcos”. Mal planejada e mal executada, a invasão foi derrotada em poucos dias e  apenas contribuiu para aumentar o apoio popular ao governo revolucionário cubano. 
O governo cubano assinou acordos de cooperação com a URSS, com a China e com outros países do bloco socialista. Em 1962, os Estados Unidos decretaram bloqueio econômico e politico a Cuba, uma situação que permanece até os dias de hoje. 
Enquanto esses fatos aconteciam, Fidel Castro anunciou a adoção do regime socialista em Cuba, ao mesmo tempo, em que estabelecia no país um regime de partido único, sem liberdade de imprensa, sem eleições livres - enfim, uma ditadura 


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