quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O TERRÍVEL DIA A DIA NAS TRINCHEIRAS


 Piolhos, ratos e bombas


De novembro de 1914 até março de 1918, a guerra entrou em um impasse, permanecendo os dois lados entrincheirados, com tentativas eventuais de ataque ao inimigo. O historiador Luís Felipe da Silva Neves descreve aspectos da vida infernal nas trincheiras.

Sono, cigarros, comida, bebida e mulheres: estas eram, pela ordem, as prioridades dos soldados nas trincheiras. Para isso havia os “estaminets” – mistura de bar, restaurante e bordel. A vida nas trincheiras, no entanto, era realmente infernal. Dormia-se, ou melhor, tentava-se dormir de dia, pois qualquer movimento acima do topo dos abrigos podia representar morte repentina pelos franco-atiradores. Os ratos, do tamanho de gatos – pois para eles não faltava carne humana fresca –, atazanavam a vida dos soldados. Outra praga eram os piolhos. Dizia-se que, ao chegar de uma estação sanitária de eliminação de piolhos, bastava alguém se deitar no terreno para ficar infectado novamente.
A vida terrível nas trincheiras.

Quanto às armas mais usadas, elas eram o canhão, responsável por 68% do total de baixas, a metralhadora e o instrumento básico do soldado, o fuzil de repetição. O gás, apresentado por muitos autores como uma arma terrível, mortal, foi responsável somente por cerca de 3% das baixas, a maioria passível de tratamento, como foi o caso do próprio Adolf Hitler (1889-1945).
Neves, Luiz Felipe da Silva. A guerra total. Revista de História da Biblioteca Nacional.
Rio de Janeiro, n. 37, out. 2008, p. 20.


Nenhum comentário:

Postar um comentário