sábado, 19 de julho de 2014

A DERROTA DO NAZI-FASCISMO

Em 1942, o avanço dos países do Eixo começou a ser detido pelo esforço conjunto dos Aliados. Em junho, os japoneses foram derrotados pelos norte-americanos no Havaí (Batalha de Midway). No final do ano, forças inglesas e norte-americanas expulsaram o Exército alemão do norte da África. A essas derrotas acrescentaram-se o desastre alemão em Stalingrado e uma importante vitória da Marinha norte-americana contra os japoneses na Batalha de Guadalcanal, nas ilhas Salomão, em fevereiro de 1943.

1.     Genocídio
Perseguidos sistematicamente desde a chegada de Hitler ao poder, os judeus estiveram entre as principais vítimas do terror nazista. Contra eles, o governo alemão criou, em 1935, uma legislação especial que os excluía dos direitos de cidadania outorgados pela Constituição de Weimar a todos os alemães.
A partir de então, o terror anti-semita assumiu formas cada vez mais assustadoras, com a criação de campos de extermínio na Alemanha e em zonas ocupadas pelo Exército alemão, sobretudo na Polônia. Esses campos faziam parte de um plano denominado pelos nazistas de Solução Final do "problema" judeu, e neles foram massacrados 6 milhões de pessoas.
Entre julho e agosto de 1943, forças inglesas e norte-americanas ocuparam a Sicília, no sul da Itália, enquanto o Exército Vermelho (soviético) dava início a sua marcha em direção à Alemanha. Em junho de 1944, os Aliados ocuparam Roma. No ano seguinte, um grupo de guerrilheiros, organizados na Resistência Antifascista, capturou e fuzilou Mussolini.
No dia 6 de junho de 1944 (dia D), forças da Inglaterra e dos EUA, comandadas pelo general norte-americano Dwight Eisenhower, com um total de 3 milhões de homens, desembarcaram na região da Normandia, no norte da França. Em 25 de agosto, os Aliados entraram em Paris. O colapso final da Alemanha era agora uma questão de tempo. Em 30 de abril de 1945, Hitler e Eva Braun, sua mulher, se suicidaram em Berlim. Dois dias depois, o Exército Vermelho ocupou a capital alemã. Finalmente, nos dias 7 e 8 de maio, oficiais do alto-comando do Exército alemão assinaram a rendição. Assim terminou a guerra na Europa.
Na Ásia, porém, o Japão continuava resistindo. No dia 6 de agosto de 1945, quando o país já dava sinais de esgotamento com a guerra, os EUA lançaram, desnecessariamente, uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, matando, em questão de segundos, 80 mil pessoas. Tratava-se, na verdade, de uma demonstração de força dos norte-americanos, sobretudo para a URSS. Mas, mesmo com o ataque, o Japão não se rendeu. Três dias depois, uma segunda bomba atômica reduziu a cinzas a cidade de Nagasaki, causando a morte de mais de 40 mil pessoas. Depois do episódio, os japoneses finalmente assinaram a rendição.
Grupo de soldados norte-americanos toma o tradicional "chá das cinco", à maneira inglesa, em uma cidade europeia recém-libertada do pesadelo nazista (1945). A partir da Segunda Guerra Mundial, seria cada vez maior a influência norte-americana na vida dos países europeus e em todo o mundo.

2. A divisão do mundo
A partir de 1942, a Inglaterra e os EUA, de um lado, e a URSS, de outro - os chamados Três Grandes -, deixaram suas divergências ideológicas momentaneamente de lado e passaram a colaborar entre si para combater o inimigo comum, o nazi-fascismo. Foi assim que os dois países capitalistas ofereceram significativa ajuda aos soviéticos para enfrentar a invasão alemã.
Em dezembro de 1943, quando já se podia prever o desfecho do conflito, realizou-se a Conferência de Teerã, reunindo o primeiro-ministro da Inglaterra, Winston Churchil, o presidente norte-americano Franklin Roosevelt e o secretário-geral do Partido Comunista soviético, Josef Stalin. No encontro, os líderes tomaram decisões importantes em relação ao mapa da Europa após a guerra, como a divisão da Alemanha em várias áreas de ocupação e a anexação dos países bálticos à URSS.
Com a proximidade do fim do conflito, os Três Grandes voltaram a se reunir na Conferência de Ialta (fevereiro de 1945). Na ocasião, reafirmaram o futuro desmembramento da Alemanha (veja na foto).


Winston Churchil, Franklin Roosevelt e Josef Stalin, na reunião de Ialta, cidade da Crimeia.
Entre julho e agosto de 1945, finalmente, quando a guerra já havia terminado na Europa, realizou-se a Conferência de Potsdam, com a participação de Stalin, Harry Truman (que havia sucedido Roosevelt na presidência dos EUA) e Churchil.
A Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação, distribuídas entre a Inglaterra, a França , a URSS e os EUA. Da mesma forma, a capital alemã, Berlim, localizada na zona de ocupação soviética (futura Alemanha Oriental), também seria dividida em áreas de administração francesa, inglesa, norte-americana e soviética. Quanto ao Japão, decidiu-se que seu território ficaria sob ocupação norte-americana por tempo indeterminado.
A Segunda Guerra Mundial teve um saldo de 50 milhões de mortos e mudou a face do mundo. No final do conflito, a economia européia estava arrasada. Os grandes vencedores foram os EUA e a URSS, que passaram a ser as duas maiores potências mundiais. Esses países dividiram o mundo em dois blocos antagônicos: um socialista, liderado pela URSS, e o outro capitalista, sob a influência dos EUA. Com a divisão, teve início um conflito bipolar entre as duas potências que passaria à história com o nome de guerra fria.


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